O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta confessou que existe sim a possibilidade de ele concorrer à Presidência da República em 2022 como rival ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Todavia, o ex-deputado federal pelo DEM pondera que uma eventual candidatura “é uma caminhada, um processo contínuo”.
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“Não sei o que os meus pares que estão dentro desses partidos pensam. No plano dos sonhos, fica uma coisa muito primária. Tenho convicção de que o País tem pressa, de que assisti a uma década inteiramente perdida, tenho convicção de que estamos perdendo tempo com essa discussão inerte bancada por esse governo”, disse o político em entrevista ao canal de “CartaCapital” no YouTube.
Para Mandetta, o caminho não é a reeleição, nem a volta do PT ao poder. Na entrevista ao canal, ele destacou a importância do diálogo, “não só com o centro, mas com a centro-esquerda e a centro-direita”. Também opinou sobre as potenciais candidaturas do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do apresentador de TV Luciano Huck.
“Eles cumprem os requisitos mínimos para serem candidatos à Presidência: ser brasileiro nato e ter mais de 35 anos. Dali para frente, é preciso combinar com as pessoas, entender as pessoas, ter aceitação das pessoas. É preciso andar no Nordeste com a mesma facilidade que se anda no Sudeste rico”, destacou.
“Eu também sou brasileiro nato e também tenho mais de 35 anos, então estou em dia com minhas obrigações eleitorais”, completou o ex-ministro da Saúde, demitido logo no início da pandemia por não seguir as recomendações do presidente Bolsonaro.
Voto em Bolsonaro
Durante a entrevista, Mandetta também revelou que não se arrepende de ter votado em Bolsonaro na eleição presidencial de 2018. “Eu não me arrependo de nada na minha vida, porque essas decisões são tomadas no momento”, afirmou o político.
“O voto no PT seria uma chancela, um perdão meu ao que eles tinham feito, sendo que eles não haviam sequer admitido o que tinham feito, quanto mais pedido uma desculpa à Nação. O PT não tinha nem o direito, naquele momento, de ter pedido o voto aos cidadãos, quanto mais de ser merecedor do voto”, disse.
Por fim, ele conta que votou Bolsonaro no último pleito presidencial “para fazer naquele momento uma ruptura com aquilo dali”. Ele, no entanto, avalia que o presidente não é “merecedor de um voto de continuidade”, finalizou Mandetta.
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O cara não se arrepende de ter votado no Bolsonaro!? Que ótimo esse tiro no pé, senhor Mandetta! Tu és a face do oportunismo. Agia no Ministério da Saúde como um “pet” do genocida e de vez em quando divergia. Saiu pq foi demitido, senão estava sob os desmandos do Bolsonaro até hoje. O argumento de que “votar no PT seria o perdão dos atos” do partido é tão burro quanto essa iniciativa absurda de chefiar o executivo. O PT nunca assumiu culpa, pq nunca houve culpa a ser assumida. Está aí absolvição do Lula calando a boca da cretinada. Por fim, tenho muita desconfiança de pessoas que não se arrependem de nada que fizeram na vida. Dizer que não se arrepende de ter votado em um homem que matou indiretamente 300 mil é solapar a candidatura à presidência no berço e escancarar teu verdadeiro caráter.