Os voos domésticos voltaram a crescer em maio deste ano, após os fortes impactos provocados pela pandemia da Covid-19. O ritmo continuou forte em junho e, agora, julho figura como o terceiro mês seguido de crescimento da malha aérea doméstica do país. Pelo menos é o que aponta o levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), divulgado nesta quarta-feira (21).
Em resumo, houve, em média, 1.624 partidas por dia na parcial de julho. Esse nível equivale a 67,7% da oferta de voos registrada na primeira semana de março de 2020. À época, ainda não estavam em prática as medidas de isolamento social nem fechamento de fronteiras por causa da Covid-19.
Aliás, o agravamento da pandemia nos primeiros meses deste ano, em especial em março e abril, trouxe resultados ainda mais negativos à malha aérea doméstica. A saber, a média diária de voos chegou a 854 em abril, apenas 35,6% da oferta regular de partidas.
O resultado de julho, até agora, mostra-se bastante positivo, até mesmo na comparação mensal. Nesse caso, a média de voos diários no mês está 16,4 pontos percentuais maior que a registrada em junho, quando houve 1.230 decolagens por dia.
“Os dados da malha aérea doméstica de julho confirmam que a vacinação contra a Covid-19 está reaquecendo a demanda por viagens de avião. É fundamental que a imunização da população brasileira mantenha o ritmo atual para que a aviação possa retomar sua atividade de forma consistente”, afirmou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
Pandemia afeta setor aéreo, mas enfraquece a cada mês
Vale destacar que a pandemia da Covid-19 afetou fortemente o setor aéreo, mas começou a dar sinais de enfraquecimento nos últimos meses. Isso foi impulsionando pelas empresas aéreas, que iniciaram sua retomada gradual da operação a partir de maio, após a segunda onda da Covid-19 no país.
A saber, a média diária de voos chegou a 1.798 em janeiro deste ano, ou 75% da oferta diária regular de partidas em relação ao início de março de 2020. No entanto, a média caiu para 1.469 voos por dia em fevereiro, 1.177 em março e 854 em abril.
Em suma, esse movimento descendente aconteceu devido ao agravamento da pandemia no Brasil no período, uma vez que a segunda onda da Covid-19 foi bem mais grave que a primeira em 2020. De acordo com Sanovicz, ainda há questões a serem melhoradas, “como o alto preço do combustível dos aviões e a tributação sobre o setor“. Assim, haverá uma “retomada mais vigorosa” da malha aérea do país.
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