Nesta última sexta-feira (16), o pastor Silas Malafaia se pronunciou sobre um conteúdo satírico que foi publicado pelo jornal O Globo (também na última sexta-feira), em que afirmava que o pastor iria realizar uma greve de fome “feroz” contra a possível inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em publicação realizada em seu perfil no Twitter, Malafaia apontou que a publicação foi realizada para ridicularizá-lo. “Nunca disse isso em lugar nenhum”, comentou. “Eu faço jejum para Deus. É jejum, não é greve de fome”, disse Malafaia. “O jejum na Bíblia é para você se aproximar de Deus. Greve de fome [não faço] para ninguém, para nada”, completou o pastor.
Por outro lado, o conteúdo ao qual o Malafaia se refere se trada de uma publicação do blog Sensacionalista, que tinha como título “Malafaia diz que fará greve de fome por Bolsonaro até a morte e país torce pelo melhor”. É importante lembrar que o blog publica, de forma proposital, informações distorcidas, irônicas e de duplo sentido sobre acontecimentos do cotidiano. O site até mesmo utiliza como slogan a mensagem “isento de verdade”.
Malafaia faz críticas ao TSE
Após ter desmentido a possibilidade de fazer uma greve de fome pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “É uma vergonha saber que temos um ‘tribunal superior político, não eleitoral. Deixou de ser eleitoral há muito tempo. É só ver o que eles fizeram com o Dallagnol”, criticou Malafaia.
“[A cassação de Deltan] É uma das coisas mais vergonhosas e absurdas que nós já assistimos no país. Não respeitam lei, não respeitam nada. O cara quando pediu para sair não estava em nenhuma PAD, Processo Administrativo Disciplinar, que é a única coisa que faria ele perder o mandato”, completou.
Malafaia também realizou críticas ao ministro Benedito Gonçalves, relator do processo de cassação da candidatura de Deltan Dallagnol. Para o pastor, o relator foi subserviente ao “ditador” Alexandre de Moraes. “Acreditar nesses caras em quê? Só vocês da imprensa que ainda não foram atingidos em cheio, que estão dando colher de chá para eles. A vez de vocês vai chegar, é só vocês contrariarem alguma coisa deles”, disse. “É uma piada o que estamos assistindo.”
Nesse sentido, na próxima quinta-feira (22), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá julgar a conduta de Jair Bolsonaro ao utilizar as dependências do Palácio do Planalto para realizar a disseminação de fake news e antecipar a campanha política ao convidar embaixadores de diversos países para atacar as eleições brasileiras, bem como as urnas eletrônicas.
O julgamento poderá tornar Bolsonaro inelegível e contará com a participação dos sete juízes titulares do Tribunal Superior Eleitoral. Sendo assim, além do presidente da Corte, Alexandre de Moraes, os magistrados Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia, Sergio Silveira Banhos, Carlos Horbach, Raul Araújo Filho e Kassio Nunes Marques também participarão do julgamento.