Em pauta na câmara, o tema da segurança sanitária na produção de alimentos de origem animal, aponta para o exagero no uso de antibióticos.
Primeiramente, as discussões focaram em três pontos principais: garantia do bem-estar animal, informações transparentes nos rótulos das indústrias e diminuição dos riscos de novas doenças.
Assim, entidades com representação no evento, cobram mais segurança na questão sanitária. Especialmente em relação ao uso de medicamentos no processo de produção de alimentos de origem animal.
Desse modo, o assunto esteve presente na câmara, sendo tema do debate na audiência pública que ocorreu nesta quarta-feira, na Comissão de Legislação Participativa.
Quer saber mais sobre a produção de alimentos de origem animal, tema tão presente nas discussões e debates? Acompanhe a leitura até o final!
Foco do debate sobre produção de alimentos de origem animal
Assim, entidades representantes da sociedade civil organizada, apontaram sugestões de medidas que visem aumentar a segurança na questão da produção de alimentos de origem animal. Além da questão sanitária, eles pontuaram também a necessidade de medidas com foco na sustentabilidade ambiental, em relação à produção e o consumo de alimentos de origem animal.
O debate sobre esse tema aconteceu em audiência pública, nesta quarta-feira (28) na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.
Objetivos do debate sobre a produção de alimentos de origem animal
Antes de tudo, o debate focou em três pontos:
- A cobrança para que exista de fato a garantia do bem-estar dos animais;
- A transparência nas rotulagens das indústrias obrigando que ao rotular seus produtos como sustentáveis tenham a devida explicação;
- A diminuição de riscos de zoonoses, pois de acordo com especialista presente houve aumento na difusão de doenças infecciosas.
Desse modo, a Médica-veterinária Karina Ishida, coordenadora de campanhas da WSPA (Proteção Animal Mundial), mencionou o fato preocupante referente ao uso sem controle de antibióticos. Esses medicamentos com fins de higienizar e acelerar o crescimento, sobretudo na produção de aves e porcos representam sérios riscos gerando bactérias resistentes.
Isso acaba extrapolando o campo da produção de alimentos de origem animal e resultando na proliferação dessas superbactérias, que podem também afetar os seres humanos.
Bem-estar animal
Inicialmente, a ONG Alianima, com representação presente no debate, expôs dados da cultura para a produção de alimentos de origem animal. Assim apresentou números segundo ela “exorbitantes” de animais da produção pecuarista brasileira:
- Abate de frangos – 5,6 bilhões;
- Abate de suínos – 45,7 milhões;
- Galinhas para produção de ovos- 113,9 milhões;
- Peixes para consumo- 860 mil toneladas.
Segundo Patrycia Sato, presidente da Alianima, uma ong que atua tanto em questões da pauta ambiental, quanto da pauta animal, existem muitas alternativas. Então é possível melhorar a questão do bem-estar desses animais.
Ela destacou, ainda, que a alternativa não é o banimento da produção de alimentos de origem animal. O que é preciso que haja o melhoramento dos sistemas banindo as gaiolas, proporcionando para os animais ambientes confortáveis e eliminando o tratamento forçado na alimentação.
Observando as informações e dados apresentados nesse debate você concorda que a produção de alimentos de origem animal precisa de medidas para sua regularização? Responda nos comentários.