Cada vez mais brasileiros estão usando a internet. Segundo a edição 2020 do TIC Domicílios, o percentual de pessoas que acessaram a rede de computadores no país passou de 74% da população em 2019 para 81% neste ano. Isso corresponde a 152 milhões de pessoas.
De acordo com a pesquisa, o grande destaque ficou com a área rural, cujo uso da internet disparou de 53% para 70% entre 2019 e 2020. Já na área urbana, o percentual subiu de 77% para 83% em um ano. A saber, o levantamento foi realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Aliás, a divulgação ocorreu na última quarta-feira (18).
Além disso, a pesquisa revelou que o celular continuou como o principal meio de acesso à internet. Dos entrevistados, 99% afirmaram ter usado a rede por aparelhos de celular, mesmo percentual de 2019. O uso através do computador também se manteve estável no período (42%). Já o acesso por Smart TV cresceu de 37% em 2019 para 44% em 2020.
Veja mais detalhes do acesso à internet em 2020
Segundo o levantamento, 80% dos brasileiros usaram a internet para realizar chamadas de voz ou vídeo em 2020, ante 73% no ano anterior. Também houve crescimento das pesquisas sobre saúde (47% para 53%) e transações financeiras 33% para 43%). Mas o maior avanço se refere às pesquisas em sites do governo (28% para 42%).
Nesse caso, vale ressaltar que a pandemia da Covid-19 impulsionou esse número. Para ter acesso aos números da crise sanitária, bem como às ações do governo no combate à pandemia, muita gente visitou os sites oficiais. Ainda vale destacar o aumento do acesso à internet para atividades de trabalho (33% para 38%) e cursos à distância (12% para 21%).
Em resumo, o Cetic.br apontou que o percentual de domicílios no Brasil com acesso à internet saltou de 71% para 83% entre 2019 e 2020. A diferença em relação à quantidade de usuários da rede é explicada pelo fato de que alguns moradores de residências com internet não a acessam.
A pesquisa ainda destaca os números das classes de renda. A conexão nos domicílios da classe A foi de 100%, enquanto 99% das residências da classe B usaram a rede. Contudo, os destaques ficaram com as classes mais baixas, cujo acesso saltou em um ano.
Em suma, a proporção de domicílios da classe C passou de 80% para 91%. Já nas classes D/E, o percentual disparou de 50% para 64%. Embora a diferença ainda seja grande, a pesquisa ressaltou que em 2015 a distância era de 83 pontos percentuais. Por sua vez, em 2020, essa diferença caiu para 36 pontos percentuais.
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