Quase três em cada dez desempregados do país estavam em busca de emprego há mais de dois anos. Pelo menos é isso o que apontam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), realizada pelo IBGE.
Em resumo, o Brasil tinha 11,949 milhões de desempregados no primeiro trimestre de 2022. Desse total, 29% estava há mais de dois anos na fila do desemprego. A saber, esse é a maior proporção para o segmento de toda a série histórica do IBGE, iniciada em 2021.
Vale destacar só é considerado desempregado aquele trabalhador que não tem uma ocupação, mas está disponível para trabalhar. Além disso, o trabalhador precisa estar efetivamente atrás de uma vaga. Nesse contexto, o país tinha quase 12 milhões de pessoas tentando se recolocar no mercado de trabalho.
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Veja mais detalhes da pesquisa do IBGE
Embora o número de desempregados há mais de dois anos seja expressivo, há outro grupo com maior representatividade no ranking. Em suma, os trabalhadores que buscam empregos há mais de um mês e menos de um ano corresponderam a 40,8% do total.
Por outro lado, a menor parcela estava desempregada há mais de um ano e menos de dois anos (12,9%). Já os que buscavam se recolocar no mercado de trabalho há menos de um mês somavam 17,2% dos quase 12 milhões de desempregados do país.
De acordo com Adriana Beringuy, analista da PNAD, o tempo de permanência na fila do desemprego “pode estar ligado a características etárias, de gênero, cor ou raça e nível de instrução”. Contudo, o IBGE ainda não realiza uma análise detalhada desde o início da pandemia da Covid-19.
A propósito, a última vez que o IBGE fez um levantamento dessa forma foi em 2019, quando 26,8% do total de desempregados buscavam uma vaga há mais de dois anos. Aliás, mulheres e idosos lideravam os grupos dos trabalhadores desempregados.
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