Um levantamento de dados feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), mostrou que foram gerados 1,1 milhão de postos de trabalho de primeiro emprego dos brasileiros, no período de julho de 2020 a maio de 2022.
Este valor representa 22% do total de empregos gerados (5 milhões), de acordo com o CAGED, com o retorno do mercado após o início da pandemia da Covid-19. Este retorno marcou o superávit (resultado positivo) na criação de empregos formais no Brasil. O período em questão (de julho de 2020 a maio de 2022) representou uma alta de 14% na força do mercado de trabalho.
Explicação para o aumento de postos formais de primeiro emprego
Em nota ao CNN Brasil, o economista Fabio Bentes informou que o aumento de geração de primeiro emprego se deu pela busca das empresas em repor as mãos de obra perdidas no início da pandemia do coronavírus em 2022.
De acordo com Bentes, ao contratar os trabalhadores, as empresas optaram por mais jovens, devido ao processo de recuperação econômica. Deste modo, trocaram os profissionais mais caros por mais baratos, com mão de obra menos experiente. De forma geral, a busca por trabalhadores jovens no mercado de trabalho é uma forma de controlar a perda econômica sofrida com a chegada da pandemia da Covid-19.
Entretanto, o economista ressalta que essa tendência não deve perdurar por muito tempo, já que muitas empresas preferem contratar profissionais mais qualificados e experientes.
Primeiro emprego: Dados do levantamento
De acordo com os dados levantados, de cada dez vagas de primeiro emprego, seis foram abertas no comércio, indústria de transformação e atividades administrativas e serviços complementares.
Mesmo com o aumento da contratação de primeiro emprego, o levantamento apontou que na última década, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos tem sido de mais que o dobro, em relação à média do mercado de trabalho.
No primeiro trimestre de 2022, o índice de jovens desempregados foi de 22,8%, enquanto a média geral foi de 11,1%.
Situação dos empregos no Brasil
Dados do CAGED apontaram que o mês de maio de 2022 resultou em um aumento no número de empregos formais no país. O saldo foi de 277.018 empregos, resultado de um total de 1.960.960 admissões e de 1.683.942 desligamentos.
Este crescimento está representado em cinco grandes grupos de atividades econômicas no Brasil:
- Serviços: + 120.294 postos de trabalho;
- Comércio: + 47.557;
- Indústria: + 46.975;
- Construção: + 35.445;
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: + 26.747.
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