Hoje, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta aumentar sua base aliada com o objetivo de conseguir avançar com pautas que são de interesse pela gestão e fizeram parte das promessas feitas durante a campanha eleitoral do ano passado. De acordo com informações do jornal “Folha de S. Paulo” reveladas nesta segunda (10), os ministérios chefiados por mulheres têm sido os alvos mais frequentes da pressão de parlamentares que buscam mais espaço na administração petista.
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Recentemente, assim como publicou o Brasil123, Lula precisou fazer um pronunciamento público para defender a continuidade de Nísia Trindade no Ministério da Saúde. O motivo: as insinuações de integrantes do centrão de que a pasta estaria em jogo.
“Tenho a certeza de que poucas vezes tivemos a chance que temos hoje, de ter uma mulher com a qualidade da Nísia Trindade para cuidar do povo”, afirmou Lula sobre a ministra, que é ex-presidente da Fiocruz e foi escolhida para a pasta por ser técnica e não é filiada a nenhum partido político.
Outra em uma condição semelhante é a ministra Ana Moser, chefe do Esporte, que tem visto seu posto sendo ameaçado por pressão do centrão. Isso acontece porque, apesar do orçamento baixo, se comparado a outras áreas do governo, R$ 1,9 bilhão, existe a expectativa de que este valor seja turbinado com emendas parlamentares e com a renda que poderá ser obtida com a regulamentação das apostas esportivas no país.
Ao contrário das citadas, que ainda continuam no cargo, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, não conseguiu conter a pressão e colocou seu cargo à disposição, em uma troca que deve ocorrer, segundo o jornal, ainda nesta semana.
Segundo o jornal, com as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e a dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, não existiu nenhuma pressão pública para “entrega dos ministérios” em troca de apoio. Todavia, essas duas pastas acabaram sendo “esvaziadas” por conta de uma Medida Provisória (MP) reestruturou o governo.
Com essa reestruturaram, questões importantes que antes eram tratadas por essas pastas, como Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a demarcação de terras indígenas, foram transferidas e, atualmente, são tratadas por outros ministérios do governo do presidente Lula.
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