Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), baseado em números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, revelaram que sete em cada dez vagas de emprego com carteira assinada registradas neste ano de 2023 foram geradas por micro e pequenos negócios.
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Uma das dessas pessoas é Rosana Fernandes, de 41 anos. Em entrevista ao portal do Sebrae, a mulher, que passou sete meses buscando por uma oportunidade de trabalho, relatou que finalmente conseguiu a chance que tanto queria ao ser contratada por uma microempresa de alimentos congelados em Brasília.
Durante a entrevista, a mulher, que agora oficialmente tem um trabalho na área que que gosta, a da cozinha, comemorou o fato de que, com sua nova ocupação, poderá ser a principal fonte de renda de sua família, composta por ela, seu filho e mãe.
Conforme o Sebrae, Rosana faz parte de um grupo estatístico que destaca o poder das micro e pequenas empresas (MPE) na criação de empregos no país. Ainda conforme a instituição, o estudo feito recentemente mostrou que, de janeiro a maio, o Brasil criou um total de 865.360 empregos formais. Destes, 594.213 foram criados por MPE, ou seja, 69% do total.
Segundo Décio Lima, presidente do Sebrae, a maioria das micro e pequenas empresas possui até cinco colaboradores. Nesse sentido, ele destaca a importância dessas empresas para a economia, afirmando que elas correspondem a cerca de 99% de todas as empresas no país, gerando 55% dos empregos com carteira assinada e quase 30% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Atualmente, considera-se microempresa aquelas empresas que contam com até nove empregados (agropecuária, comércio e serviço) ou 19 funcionários (indústria e mineração). Por outro lado, por pequenas empresas, entende-se que a organização possuí até 49 trabalhadores (agropecuária, comércio e serviço) ou 99 empregados (indústria e mineração).
Em maio, os pequenos negócios foram responsáveis por 70% (108.406 de 155.270) dos novos empregos registrados. Isso representa um aumento de dois pontos percentuais em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Conforme o Sebrae, esse crescimento da participação das micro e pequenas empresas no total de empregos no país acontece no momento em que as médias e grandes empresas (MGE) demonstram um número inverso – de maio de 2022 a maio deste ano, por exemplo, a fatia no emprego formal caiu de 22% nesses tipos de organizações.
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