Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, criticou nesta quinta-feira (07) a declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), sobre possíveis fraudes no sistema eletrônico de eleição brasileira em 2022 um dia após a invasão do Congresso dos Estados Unidos.
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De acordo com Bolsonaro, a invasão de extremistas que apoiam o atual presidente americano Donald Trump e tentam impedir a certificação da vitória de Joe Biden aconteceu porque há uma falta de confiança no voto.
“Potencializaram o voto nos Correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes, mortos votaram, foi uma festa, ninguém pode negar. Então, a falta de confiança levou a esse problema que está acontecendo lá. Aqui, no Brasil, se tiver o voto eletrônico, vai ser a mesma coisa. A fraude existe”, disse o presidente aos seus apoiadores.
Nesse sentido, Rodrigo Maia considerou a frase um ataque gravíssimo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aos seus juízes. Desse modo, o presidente da Câmara cobrou que os partidos políticos acionem a Justiça para que Bolsonaro se explique.
“A frase do presidente Bolsonaro é um ataque direto e gravíssimo ao TSE e seus juízes. Os partidos políticos deveriam acionar a Justiça para que o presidente se explique. Bolsonaro consegue superar os delírios e os devaneios de Trump”, postou Maia no Twitter. Na quarta-feira (06), o presidente da casa já havia afirmado que a invasão do Congresso americano “por extremistas representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições”.
PT entra com representação contra Bolsonaro
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e os líderes das bancadas do partido na Câmara, deputado Enio Verri (PR), e no Senado, senador Rogério Carvalho (SE) não perderam tempo.
O grupo protocolou duas representações contra o presidente Jair Bolsonaro, junto ao TSE e à Procuradoria-Geral da República (PGR), por conta de acusações sem provas ao sistema eleitoral brasileiro e por ameaças à democracia do País. As ações pedem a responsabilização penal, por improbidade administrativa e civil contra Bolsonaro.