A mãe do menino Miguel dos Santos Rodrigues, acusada de ter matado o filho, de sete anos, em Imbé, no litoral do Rio Grande Sul, fez inúmeras pesquisas na internet sobre como ela poderia eliminar as provas do crime, informou nesta segunda-feira (16) a Polícia Civil.
De acordo com a corporação, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, teria feito consultas do tipo: “digitais humanas saem na água salgada do mar”. As pesquisas, ainda segundo a polícia, foram feitas na madrugada do dia 29 de julho, horas antes de ela ter sido presa.
Junto da mãe do garoto Miguel, Bruna Nathiele Porto da Rosa, que é companheira da suspeita, também foi presa. Ambas foram indiciadas por tortura, homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver – hoje, a defesa da madrasta afirma que ela não teve participação nos crimes.
Relembre o caso de Miguel
O caso do menino veio à tona no dia 29 julho, quando a mãe do garoto foi à polícia relatar um suposto desaparecimento da criança. Todavia, os investigadores suspeitaram da mulher porque ela apresentou contradições em suas falas. Por isso, ela foi questionada e acabou confessando que matou o filho.
Segundo a Polícia, a mãe dopou Miguel usando medicamentos, colocou o corpo do garoto dentro de uma mala e jogou no Rio Tramandaí, também em Imbé. De acordo com as investigações, o menino sofria tortura física e psicológica.
Prova disso é uma matéria publicada recentemente pelo Brasil123. Nela, a Polícia revela um caderno com frases ofensivas que Miguel era obrigado a escrever contra ele próprio. Dentre as frases, estavam: “eu não mereço a mãe que tenho”, “eu não presto” e “eu sou um filho horrível”.
Até hoje, o corpo do menino não foi encontrado. Isso porque as investigações levam a crer que as pesquisas feitas pela mãe do menino não foram realizadas por acaso, visto que os agentes acreditam que, realmente, o corpo de Miguel tenha sido levado para o mar, onde o rio desemboca por conta da vazante.
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