Nos últimos dias de 2020, ano em que o movimento contra o racismo ganhou força, Boston removeu a estátua que representa a libertação de um escravo ajoelhado aos pés do presidente americano Abraham Lincoln. Assinada pelo artista Thomas Ball, o monumento chamado The Emancipation Group estava há 141 anos em Boston.
A estátua de bronze, réplica de uma em Washington, teve como objetivo comemorar a Proclamação de Emancipação de 1863 e homenagear o presidente Lincoln. No entanto, críticos consideravam a exibição, além de degradante, é uma representação de racismo.
Em junho, protestos em todo o país contra a injustiça racial reacenderam os apelos para a remoção da estátua. Diante disso, a Comissão de Arte de Boston votou por unanimidade a favor da remoção. Trabalhadores retiraram a estátua na terça-feira (29/12).
A luta contra o racismo em 2020
As medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus nos Estados Unidos não impediram a população de ir às ruas protestar contra o racismo no mundo inteiro. Sem dúvidas, o tema foi um dos destaques de 2020. Principalmente após o triste episódio de racismo que matou George Floyd no estado americano do Minnesota, em maio.
O país se mantinha há dois meses como líder em casos de covid-19, assim como no número de vítimas, quando em 25 de maio um vídeo viralizou na internet. Primeiramente, as imagens causaram indignação pela comunidade negra, que há centenas de anos sofrem discriminação. Depois, a revolta em forma de protestos, dava início ao movimento Black Lives Matters (Vidas Negra Importam).
I can’t breath foi um dos slogans do movimento Black Lives Matters, que surgiu após a morte de Floyd. “Parem de nos matar”, diziam os manifestantes de todos os 50 estados americanos que registraram protestos.
Os governadores americanos, então, viram seus planos de distanciamento social ir por água abaixo ao ver milhares de pessoas nas ruas pedindo o fim do racismo. O movimento ganhou o mundo com passeatas no Brasil, Canadá e países europeus, por exemplo.