Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, vai se reunir na próxima semana com Alberto Fernández, chefe do Executivo da Argentina. Isso, em Brasília, no Distrito Federal. De acordo com o portal “g1”, o intuito do encontro será discutir a atual situação econômica do país vizinho, a integração financeira entre os dois países e ainda medidas de financiamento do comércio bilateral.
Ainda conforme o site, existe a expectativa entre integrantes do governo Lula que o ministro da Fernando Haddad e o chefe das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também participem, assim como os respectivos ministros argentinos: Sergio Massa e Santiago Cafiero.
O petista e o presidente da Argentina são aliados políticos. Alberto Fernández, por exemplo, esteve na posse de Lula no dia primeiro de janeiro deste ano – quando o chefe do Executivo brasileiro esteve preso em Curitiba, no Paraná, em razão de uma condenação na Operação Lava Jato, o político argentino foi visitá-lo.
Em janeiro deste ano, Lula foi a Buenos Aires, capital da Argentina. Essa foi a primeira viagem internacional após ele ter assumido o Executivo pela terceira vez. Hoje, a Argentina é um dos principais parceiros econômicos do Brasil. Prova disso é que, em 2021, o país ficou atrás somente de China e Estados Unidos nesse quesito.
Por conta da importância dessa parceria, Lula quer tratar sobre a crise na economia daquele país – o dólar, por exemplo, tem batido recordes em comparação ao peso na Argentina; e a inflação está em 104% ao ano, maior percentual em 30 anos.
Países de volta à Unasul
O encontro entre Lula e Alberto Fernández acontece em meio à decisão de ambos os países voltarem à União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que é organismo internacional que reúne os países da região. A organização foi criada em 2008, quando os países da América do Sul eram governados majoritariamente por presidentes de esquerda, como:
- Lula (Brasil);
- Cristina Kirchner (Argentina);
- Hugo Chávez (Venezuela);
- E Michelle Bachelet (Chile).
Como em 2019 o cenário internacional mudou e os países citados passaram a ser governador, em sua maioria, por presidentes da direita, o Brasil deixou de integrar a Unasul e, assim como uma série de outros países, passou a integrar o Prosul, grupo que acabou isolando politicamente a Venezuela, governada por Nicolás Maduro. Como neste ano o cenário voltou a ser favorável à esquerda, Lula e Fernández determinaram a volta de Brasil e Argentina, respectivamente, à Unasul.
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