O presidente Lula embarcará nesta terça-feira, 11, para uma viagem diplomática à China. O encontro com o principal parceiro comercial do Brasil é considerado o mais importante do ano para o governo do petista, que busca estreitar relações com os chineses, além de buscar investimentos no país. A viagem foi adiada por conta de problemas de saúde do presidente brasileiro.
Contudo, Lula não vai sozinho. Ao todo, são mais de 40 autoridades que embarcam na comitiva presidencial. O alto número de pessoas demonstra a importância do encontro. Segundo especialistas, os chineses também estão ansiosos pela visita.
A viagem mais importante do ano
A viagem presidencial à China é uma clara tentativa do Brasil de se reaproximar dos chineses. Isso porque o ex-presidente, Jair Bolsonaro, externalizou por diversas vezes a sua preferência por uma aproximação com os Estados Unidos. Essa relação também gerou polêmicas, quando um ministro de Bolsonaro foi acusado de racismo ao falar dos chineses.
Para superar as crises diplomáticas entre os dois países, Lula vai à China em busca de investimentos e de estreitar as relações. Algumas medidas já aconteceram nesse sentido, como a eleição de Dilma Rousseff para o cargo de presidente do banco dos BRICS, que tem sede em Xangai.
Além disso, essa será a primeira viagem de Lula à China após sua posse. Será, também, o primeiro encontro entre os dois líderes. Atualmente, os chineses são o principal parceiro comercial do Brasil. A viagem estava marcada parao dia 26 de março. Contudo, o petista foi diagnosticado com pneumonia e, por recomendação médica, adiou o encontro.
A comitiva presidencial conta com diversos ministros. Dentre eles, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Além deles, 5 governadores integram a comitiva (RN, PA, CE, BA e MA), além de deputados e senadores.
A intenção de Lula na China
O presidente Lula fará uma viagem estratégica para a China. A ideia é estreitar relações através de investimentos dos chineses no Brasil, além de discutir a geopolítica mundial e a assinatura de acordos entre os dois países.
O principal acordo quer tratar das exportações brasileiras. Isso porque a China quer transacionar os produtos com o Brasil efetuando pagamentos em Renminbi, moeda chinesa. Para especialistas, a medida deixaria de usar o dólar, o que pode reduzir custos e tempo na hora da efetivação das relações comerciais.
Além disso, Lula quer oferecer opções para que a China invista no país. Entre os diversos setores, o principal deve ser no de energia e infraestrutura, mas os acordos podem atingir, também, o setor de automóveis.
Na agenda, Lula deve encontrar Xi Jinping. Além disso, o presidente brasileiro deve convidar o líder chinês a comparecer ao Brasil.