Após dias de descanso no litoral baiano, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desembarca em Brasília nesta semana para tratar as articulações do processo de transição, com foco no Auxílio Brasil de R$ 600.
A saber, a partir de então, Lula passa a atuar diretamente com equipe coordenada pelo vice, Geraldo Alckmin (PSB).
A agenda prevista conta com reuniões institucionais no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Orçamento para a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600
Pelo acordado durante o fim de semana, Lula deve se reunir com a equipe nesta terça-feira (8), para definir uma solução para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, na tentativa de acomodar a extensão do Auxílio Brasil de R$ 600 para 2023.
Ainda mais, no mesmo dia, Lula também deve se encontrar com a ministra Rosa Weber, presidente do STF; Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; e com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, com quem deve discutir as prioridades do futuro governo.
Então, nos próximos dias, o presidente ainda deve fazer viagem internacional, atendendo ao convite para comparecer à conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP27, no Egito.
Equipe de transição
De acordo com a legislação, 50 pessoas podem ser nomeadas para atuar no período de transição, grupo que pode ter ainda servidores federais e voluntários. Assim, os nomes começam a ser divulgados oficialmente a partir desta segunda-feira (7).
Vale lembrar que no primeiro turno, 10 siglas compuseram a coligação nacional em apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva: Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB), Federação PSol/Rede, PSB, Solidariedade, Pros, Avante e Agir.
Segundo o vice-presidente, Geraldo Alckmin, também haverá conversas com políticos e partidos que aderiram apenas no segundo turno, como Simone Tebet (MDB) e o PDT.
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Corrida contra o tempo para garantir o Auxílio Brasil
As tratativas para a manutenção do valor do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, começaram na última semana, entre Alckmin e o relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI).
A ideia é de que a PEC tenha caráter emergencial, com o objetivo de garantir recursos para cumprir compromissos de campanha.
Questionada sobre como alocar o programa, além do aumento real do salário mínimo, a presidente do PT disse que o assunto ainda estava sendo estudado pela equipe técnica.
“Temos que avaliar todas as possibilidades para viabilizar o que foi contratado com o povo nas urnas, ou seja, não podemos entrar em 2023 sem o auxílio (que voltará a se chamar Bolsa Família) de R$ 600 e sem o aumento real do salário mínimo. Tenho certeza que o Congresso Nacional e o TCU (Tribunal de Contas da União) têm essa sensibilidade”, afirmou Hoffmann.
Por fim, a manutenção do Auxílio Brasil é o ponto mais urgente, já que a folha de pagamentos para o benefício é processada em dezembro.
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