O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, se reúne neste sábado, dia 17 de dezembro, com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o já anunciado como futuro presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para discutir os últimos ocupantes dos ministérios do governo.
Os dias vão passando e a escolha para ocupação de ministérios por conta de Lula acelera, visto que a posse irá ocorrer já no primeiro dia de 2023.
Nesse sentido, o encontro de hoje é uma continuação da reunião que os três tiveram ontem, sexta-feira (16) e deve ocorrer no hotel em que Lula está hospedado na região central de Brasília.
Nas reuniões, os petistas têm discutido quantos ministérios o terceiro governo Lula terá. O número de pastas deve ficar entre 35 e 39. Atualmente, o governo Jair Bolsonaro é composto por 23 ministérios.
A grande questão de Lula até agora
A discussão para escolher os futuros ministros que ainda faltam para fechar o governo, ocorre ao mesmo tempo de outra grande questão para o governo Lula, a busca por ampliar apoio no Congresso para aprovação da PEC da Transição.
A PEC da Transição, que, entre outros pontos, eleva o teto de gastos para assegurar o pagamento do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, é de R$ 600.
Além disso, a ementa também recompõe o orçamento de diversas áreas consideradas prioritárias pelo presidente eleito. Lula busca recursos para fazer investimentos no próximo ano. A proposta já foi aprovada pelo Senado na semana passada, mas não avançou na Câmara nos últimos dias.
O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) de ações que contestam o orçamento secreto e a disputa de partidos por cargos no futuro governo travaram a análise da PEC da Transição na Câmara.
Ministros oficialmente anunciados
Entre muitos boatos e especulações, apenas seis nomes já foram confirmados pelo presidente Lula para os diversos ministérios ainda vagos, são eles:
- Fernando Haddad (Fazenda)
- Flávio Dino (Justiça)
- Rui Costa (Casa Civil)
- Margareth Menezes (Cultura)
- José Múcio Monteiro (Defesa)
- Mauro Vieira (Relações Exteriores)
Além disso, o nome de Dilma Rousseff deve ser anunciado para presidir a maior estatal da América Latina, a Petrobras, mas ainda não foi confirmado pelo presidente, apesar do forte burburinho.
Outro nome especulado é o do ex-governador do Ceará, Camilo Santana, para assumir o Ministério da Educação, mas o anúncio ainda não foi oficializado pelo governo.
Seguindo a trilha pelo nordeste, região em que Lula teve a maior vitória percentual frente à Bolsonaro, aparece o nome de Renan Filho, MDB, ele é ex-governador do estado de Alagoas e está cotado para assumir o Ministério do Planejamento. Luiz Marinho está cotado para ser chefe da pasta do Trabalho. Já o Ministério da Indústria pode ficar com Josué Gomes da Silva.