Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve nesta quarta-feira (09) em Brasília, no Distrito Federal, pela primeira vez desde que foi eleito presidente da República. Por lá, ele se encontrou com Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD), presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente.
De acordo com informações do portal “G1”, os encontros aconteceram separadamente nas residências oficiais da Câmara e do Senado e foram as primeiras reuniões de Lula desde sua vitória sobre o atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições.
Nas redes sociais, Lula postou um vídeo sobre o encontro dizendo que o Brasil precisa de “diálogo e normalidade”. Quem também se pronunciou foi Arthur Lira, afirmando que existe um empenho para a construção de um “futuro melhor para todos”.
“Estamos empenhados na construção de um futuro melhor para todos os brasileiros e brasileiras, com muita democracia”, afirmou ele, que apoiou Bolsonaro durante as eleições e, no próximo ano, tentará ser reeleito como presidente da Câmara dos Deputados.
Lula quer estabilidade institucional
De acordo com Valdo Cruz, jornalista da “Globo News”, a primeira passagem de Lula por Brasília após ele ter vencido pela terceira vez a eleição para presidente da República teve como objeto buscar “estabilidade institucional”. Isso porque, de acordo com as informações do comunicador, a equipe do petista trata o momento atual como uma espécie de “reconstrução nacional” por conta das polêmicas em que Bolsonaro se envolveu com os demais poderes nos últimos anos.
Paralelamente aos encontros de Lula, a equipe que cuida da transição de governo, que é coordenada pelo vice do petista, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), foi anunciada e deve começar os trabalhos, de fato, nos próximos dias. Isso, na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília.
Conforme publicou recentemente o Brasil123, a equipe de transição de governo conta com a participação de políticos influentes como a senadora Simone Tebet (MDB), terceira colocada nas eleições presidenciais, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), o mais votado de São Paulo, e outras pessoas como os economistas Pérsio Arida e André Lara Rezende, o ex-senador Aloizio Mercadante e a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada Gleisi Hoffmann.
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