A campanha referente ao segundo turno do lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem como objetivo diminuir a rejeição do petista em dois seguimentos que hoje são “comandados” pelo atual presidente da República Jair Bolsonaro (PL): a religião e o agronegócio. No tema religião, Lula tem batido na tecla que é cristão e respeita todas os tipos de fés. A rejeição do ex-presidente é alta, sobretudo no meio evangélico, que acostumou com as notícias falsas de que o petista vai fechar as igrejas caso seja eleito.
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Já no agronegócio, que vê em Lula um presidente que pode frear o crescimento do setor, um dos que mais movimenta dinheiro no país, a estratégia ainda está sendo traçada. Nesta quinta-feira (06), a jornalista da “Globo News” Julia Dualibi revelou que um integrante do núcleo da campanha de Lula articulou com interlocutores a redação de uma carta direcionada ao agronegócio.
Todavia, informou a jornalista, a iniciativa não foi bem recebida pelo ex-presidente. Isso porque, de acordo com a comunicadora, Lula tem demonstrado certo incômodo com essa sugestão de carta. Segundo Julia Dualibi, Lula tem afirmado que, caso escrava uma carta ao agronegócio, terá que fazer o mesmo para vários outros setores ao invés de colocar a campanha na rua para pedir votos.
Apesar dessa resistência, a informação é que a carta foi escrita por interlocutores de Lula e colocada na “geladeira”, isto é, o documento foi guardado para, caso uma mudança de ideia do ex-presidente, possa ser usado. “Assim, ainda que a carta não seja publicada na íntegra, trechos podem ser aproveitados em publicações nas redes sociais, por exemplo”, relatou Julia Dualivi, revelando ainda que o documento foi endossado por figuras de peso, como a senadora Katia Abreu (Progressistas) e o senador Renan Calheiros (MDB).
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