Nesta quinta-feira (19), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva publicou uma edição extra do Diário Oficial da União, com assinatura do ministro da Casa Civil Rui Costa, informando a dispensa de superintendentes regionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), bem como da direção da Polícia Federal (PF).
Ao todo, 26 dos 28 superintendentes da PRF foram dispensados do cargo, ficando apenas o superintendente do Piauí. Contudo, os nomes dos substitutos na PRF ainda não foram divulgados pelo governo. Já em relação à Polícia Federal, as mudanças ocorreram em 18 estados e os substitutos já foram definidos pelo governo federal.
Nesse sentido, o novo diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, já havia sido nomeado no dia 2 de janeiro, entretanto, a mudança nas superintendências somente ocorreram nesta semana. O antigo diretor-geral, Silvinei Vasques, é alvo de investigação devido as blitzes ilegais realizadas pela corporação durante as eleições presidenciais.
O TSE havia vetado ações do tipo durante as eleições, no entanto, a PRF executou ações sob orientação de ofício expedido por Silvinei, tendo foco na região Nordeste, onde se encontravam a maior parte do eleitorado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes da eleição, Silvinei havia declarado apoio à Bolsonaro em suas redes sociais.
Quem são os novos diretores da PF?
Conforme foi dito anteriormente, foram definidos apenas os novos diretores da PF, tendo as trocas sido realizadas nos seguintes estados: Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Sergipe, Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Paraíba, Alagoas, São Paulo, Paraná, Pará, Amazonas, Minas Gerais. Abaixo, segue o nome dos novos diretores:
- Alagoas: Luciana Paiva Barbosa;
- Amazonas: Umberto Ramos Rodrigues;
- Goiás: Marcela Rodrigues de Siqueira Vicente;
- Maranhão: Sandro Rogério Jansen Castro;
- Mato Grosso: Ligia Neves Aziz Lucindo;
- Mato Grosso do Sul: Agnaldo Mendonça Alves;
- Minas Gerais: Tatiana Alves Torres.
- Pará: José Roberto Feres;
- Paraíba: Christiane Correa Machado;
- Paraná: Rivaldo Venâncio;
- Pernambuco: Antonio de Pádua Vieira Cavalcanti;
- Rio de Janeiro: Leandro Almada da Costa;
- Rio Grande do Norte: Larissa Freitas Carlos Perdigão;
- Rondônia: Larissa Magalhães Nascimento;
- Santa Catarina: Aletea Vega Marona Kunde;
- São Paulo: Rogério Giampaoli;
- Sergipe: Aline Marchesini Pinto;
- Tocantins: Reginaldo Donizetti Gallan Batista.
Um dos pontos abordados pela transição do governo foi a necessidade de enfrentar a crescente “influência político-ideológica” em ambas as corporações. Sendo assim, foi necessário realizar a troca de comando nos postos onde havia maior inclinação de superintendentes da PRF e diretores da PF para o ex-presidente Jair Bolsonaro, fazendo com que as corporações atuem para o bem do estado brasileiro.
Não houve troca na superintendência da PRF no Distrito Federal neste momento, pois esta já havia acontecido no dia seguinte aos atos golpistas, ocorrido em 8 de janeiro. Na ocasião, golpistas invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. O Ministério da Justiça, na época, afirmou que a mudança já estava programada e dentro do plano de mudanças gerais nas superintendências da Polícia Rodoviária Federal.