Nesta sexta-feira, dia 26 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu reunir a alta cúpula de seu governo, como líderes do Governo no Congresso e Ministros para um churrasco dentro do Palácio Alvorada. O churrasco não estava na agenda divulgada oficialmente pelo governo.
O encontro com Lula e líderes do governo acontece após uma semana conturbada para o governo, com derrotas perante a alguns temas como a pauta ambiental após mudanças na medida provisória que reestruturou a Esplanada dos Ministérios.
Lula e outros participantes do churrasco na Alvorada
O churrasco conduzido pelo presidente Lula reuniu os ministros palacianos Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
Além disso, esteve presente no Palácio Alvorada os seguintes líderes do governo:
- Flávio Dino (Justiça);
- Alexandre Silveira (Minas e Energia);
- Luiz Marinho (Trabalho);
- Margareth Menezes (Cultura);
- Anielle Franco (Igualdade Racial);
- e Carlos Fávaro (Agricultura).
Também participaram da confraternização no Alvorada os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE).
Derrotas do governo Congresso
Como mencionado anteriormente, o encontro acontece após uma semana conturbada no governo Lula. A semana foi tão pesada, que a ministra Marina Silva chegou a afirmar que o governo está passando pela “crise dos seis meses”.
Os reveses no Congresso com aprovação pela comissão mista do Congresso Nacional da medida provisória (MP) que reestrutura o governo. O texto aprovado esvazia atribuições das pastas das ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas).
Além dessa questão, o governo também passou por um processo de divisão no pedido da Petrobras de prospectar petróleo na bacia da Foz do Amazonas. O Ibama negou o pedido de licença da petrolífera, o que gerou reação de ministros como Alexandre Silveira.
Na manhã desta sexta-feira (26), Lula reuniu ministros no Palácio do Planalto para uma reunião para tratar da medida provisória.
Em entrevista coletiva após a reunião, o ministro Rui Costa afirmou que o governo tentará reverter as modificações feitas no texto pelo relator da MP, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL).
Nos últimos dias, o governo também não conseguiu derrotar a oposição em outras duas votações no Congresso.
A Câmara ignorou, na quarta (24), uma decisão do Senado e retomou trechos de uma medida provisória que enfraquecem regras de proteção da Mata Atlântica.
A MP foi editada pelo governo Bolsonaro e, durante a análise na Câmara, deputados incluíram alterações na Lei da Mata Atlântica que afrouxam as regras de proteção ao bioma. No Senado, os parlamentares derrubaram os trechos.
Na quarta, no entanto, a Câmara reincluiu as propostas. Segundo especialistas, os dispositivos, na prática, facilitam o desmatamento do bioma. A proposta segue para sanção de Lula.
No mesmo dia, os deputados também aprovaram um requerimento de urgência para o projeto que dificulta a demarcação de terras indígenas, por meio da aplicação de um marco temporal