Acontece na próxima quarta-feira (18) o primeiro encontro oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com representantes de centrais sindicais. De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, no encontro, que deverá ter mais de 600 representantes de diversas categorias, o chefe do Executivo deve ouvir pedidos de um reajuste maior do salário mínimo e também de modificações da reforma trabalhista.
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Conforme a proposta do Orçamento aprovado no Congresso Nacional, o salário mínimo será reajustado de R$ 1.302,00 para R$ 1.320,00, um reajuste real de 3%. Para as lideranças sindicais, esse reajuste é baixo. Por isso, a intenção é pedir para que Lula se movimente para promover um salário mínimo de R$ 1.342,00 a partir de maio.
Segundo a “CNN Brasil”, os representantes sindicais devem dizer para Lula que o aumento mais generoso seria uma forma de sinalizar que o governo do petista vai cumprir as promessas feitas durante a campanha de que os trabalhadores seriam valorizados. Nos anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o salário mínimo não apresentou nenhum aumento real, pois o reajuste sempre teve como base apenas a inflação do período, ou seja, em tese, o valor foi o “mesmo” ao longo dos últimos anos.
Nas últimas semanas, os sindicatos receberam a sinalização do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, de que não será fácil cumprir nem mesmo o que foi aprovado pelos parlamentares. No encontro, os representantes sindicais também devem pedir uma revisão de regras trabalhistas, algumas aprovadas durante a Reforma de 2017.
De acordo com o canal, dentre os pontos que serão levantados estão a volta das homologações e dos acordos individuais com a presença dos sindicatos e também a regulamentação do trabalho intermitente. Não suficiente, os sindicatos também querem defender o estabelecimento de regras para o trabalho por aplicativos e também a criação de um cadastro nacional dos trabalhadores que estão nessa condição em todo o país.
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