No primeiro dia de janeiro de 2023, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciará seu terceiro mandato como chefe do Executivo. Desta vez, ele terá Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo que até outrora era um rival político, como seu vice.
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De acordo com interlocutores de Lula, em entrevista ao canal “CNN Brasil”, Geraldo Alckmin assumirá um papel central no governo do petista. Ainda conforme essas pessoas, a ideia é fazer com que a dupla brasileira repita a relação entre Barack Obama e Joe Biden nos Estados Unidos.
Essa comparação, informou a “CNN Brasil”, tem sido feita por dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT), que destacam que Lula levaria em consideração essa referência nos planos para seu futuro vice-presidente. Durante a gestão de Barack Obama, de 2009 a 2017, Joe Biden era escalado para missões políticas estratégicas.
Na ocasião, Joe Biden, que hoje é o presidente dos Estados Unidos, esteve, por exemplo, em eventos que tiveram como foco mediar a relação americana com nações estrangeiras e na resolução de conflitos entre Executivo e Legislativo de seu país.
Além disso, enquanto vice de Barack Obama, Joe Biden era sempre o último a sair do gabinete presidencial em momentos de articulação política, tendo ascendência em decisões presidenciais consideradas estratégicas.
De acordo com a “CNN Brasil”, por conta disso, pessoas que integram a equipe de transição de governo defendem que Geraldo Alckmin tenha uma sala à sua disposição no terceiro andar do Palácio do Planalto, no corredor de acesso ao gabinete presidencial – hoje o gabinete da Vice-Presidência fica no setor anexo da sede administrativa.
Não suficiente, essa comparação também vem sendo feita por conta da promessa de Lula, que vem afirmando que não irá disputar a reeleição. Dessa forma, em caso de uma promessa cumprida, Geraldo Alckmin surgiria como uma alternativa para a sucessão presidencial, assim como Joe Biden acabou sendo nos Estados Unidos.
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