O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem trabalhado para diminuir o número de candidatos na corrida ao Planalto e tentar levar as eleições já no primeiro turno. A informação foi revelada nesta segunda-feira (01) pela jornalista da “Globo News” Ana Flor.
Lula chama Bolsonaro de “troglodita” e “covarde”
De acordo com a comunicadora, existem dois exemplos da movimentação internada de Lula: a desistência de Luciano Bivar (União Brasil) da corrida presidencial e a provável saída de André Janones (Avante) da disputa – o fato já é dado como certo nos meios políticos.
Hoje, conforme a pesquisa feita pelo instituto DataFolha, Lula está bem na frente do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), mas os levantamentos mostram que a disputa entre os dois deve ir para o segundo turno. Com foco em angariar apoio de outros partidos, o ex-presidente tem tentado convencer que o melhor é que as legendas o apoiem para vencer logo no primeiro turno, derrotando assim Bolsonaro.
No domingo (31), Luciano Bivar, deputado federal e presidente do União Brasil, revelou que não vai mais ser candidato à presidência. De acordo com Ana Flor, o número um do partido tem falado com Lula há semanas.
Até o momento, o União Brasil tem indicado que vai optar pela neutralidade, visto que tem interesses distintos em cada estado, pois alguns são pró-Bolsonaro e outros pró-Lula. O apoio do partido é importante, dentre outros motivos, pelo fato de ser a legenda a detentora da maior fatia do fundo eleitoral e do tempo de propaganda eleitoral na TV e no rádio.
Além da desistência de Luciano Bivar, outra que pode ser anunciada a qualquer momento é a de André Janones (Avante), que deve se reunir com Lula na próxima quinta-feira (04). O encontro foi um pedido do petista e deve marcar a desistência do deputado, que hoje tem 1% das intenções de voto.
Segundo Ana Flor, o interesse de Lula em André Janones acontece porque ele é deputado por Minas Gerais e tem força na região. Para a cúpula da campanha do petista, se sair vencedor no segundo maior colégio eleitoral do país é considerado essencial pelo ex-presidente.
Leia também: Lula e Alckmin vão cumprir agendas separadas durante a campanha