O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após ter confirmado que vai viajar para a China neste mês, voltou a convidar Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD), presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal, respectivamente, para que eles integrem a comitiva presidencial.
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De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, a expectativa de Lula é que ambos aceitem o convite e, assim, o petista consiga pacificar a relação entre os líderes das Casas – até o momento, Rodrigo Pacheco já confirmou sua ida à China e Arthur Lira, por outro lado, sinalizou que deve aceitar o convite.
Assim como vem publicando o Brasil123, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira estão disputando sobre as regras de tramitação das Medidas Provisórias (MPs), sendo que a discussão tem gerado dificuldades para o governo que, esperando aprovar textos de seu interesse, tem negociado com as duas Casas sobre a tramitação dessas Medidas Provisória.
Segundo o portal “G1”, o governo está preocupado com o fato de que essa discussão pode se estender até mesmo para as próximas MPs que vêm sendo planejadas pela gestão Lula. Uma delas, por exemplo, é a que trata sobre a elevação do salário mínimo a partir de maio para R$ 1.320.
Em entrevista ao site, um interlocutor do presidente disse que a ideia é que Lula leve ambos na cabine presidencial do seu avião para, que assim, a dupla possa conversar e acertar as arestas. “Como a viagem é longa, disse um auxiliar, tempo para uma negociação haverá durante o trajeto até a China”, disse um assessor do chefe do Executivo.
Acordo em construção para a tramitação das MPs
No começo desta semana, o Palácio do Planalto e o Congresso firmaram um acordo prevendo a instalação de seis comissões mistas no Congresso para avaliarem seis medidas provisórias. Dentre elas, que devem ser instaladas na próxima semana, estão as que tratam de temas como a reestruturação do governo, do Bolsa Família e do programa Minha Casa Minha Vida.
Por terem força de lei, as MPs entram e vigor assim que publicadas, sendo necessário, todavia, que elas sejam referendadas pelo parlamento em até 120 dias. Caso isso não aconteça, essas Medidas Provisórias perdem a vigência e só podem ser apresentadas novamente no próximo ano. Hoje, o governo tem 12 MPs que estão nessa situação, ou seja, próximas do vencimento.
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