De acordo com a entrevista concedida na sede da transição de governo, em Brasília, nesta sexta-feira (2), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que terá um encontro com o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir a democracia, declarando não haver “necessidade” de guerra na Ucrânia, e se colocará a disposição para ajudar a aliviar as tensões.
Data da reunião
Segundo Lula, a reunião com o presidente norte-americano deve ocorrer somente após a diplomação do petista como presidente, que está agendada para o próximo dia 12 de dezembro. Importante destacar que, após a cerimônia, os candidatos eleitos habilitam-se para o exercício do mandato, com a confirmação de que Lula e Alckmin cumpriram todas as formalidades previstas na Lei. Desse modo, o evento marcará o fim do processo eleitoral e o prazo para contestação dos resultados das urnas. Além disso, o presidente eleito contou que, na próxima segunda-feira (5), representantes do governo estadunidense virão a Brasília para acertar detalhes da reunião entre os dois chefes de Estado, como data e horário.
Falas de Lula
De acordo com Lula, ele e o presidente dos Estados Unidos têm muito o que conversar, pois ambos os países resistem por manter o ideal democrático em seus países. “Por lá, o estrago do Trump foi o mesmo deixado por Bolsonaro aqui.”, afirmou o petista. “Nós [Lula e Biden] vamos conversar política, a relação Brasil-Estados Unidos, o papel do Brasil na nova geopolítica mundial. Eu quero falar com ele da guerra da Ucrânia, que não há necessidade de ter guerra”, disse Lula.
Relação Brasil e demais países
Com muito afastamento durante o governo Bolsonaro, que demorou 38 dias para reconhecer a vitória de Biden, o atual presidente dos Estados Unidos foi um dos primeiros chefes de Estado a cumprimentar Lula pela vitória, ainda na noite do domingo da eleição, reconhecendo imediatamente o resultado eleitoral brasileiro. Além disso, na última quinta-feira (01), a Embaixada alemã no Brasil, confirmou a presença do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, para participar da posse do presidente eleito.
Em duma, de acordo com a nota da Embaixada alemã: “Em 1.º de janeiro, Steinmeier participará das cerimônias oficiais de posse de Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília. Com a sua presença, o presidente saúda a mudança democrática de poder no maior país da América Latina e pretende impulsionar uma nova fase da parceria estratégica entre o Brasil e a Alemanha. O presidente Steinmeier também terá reuniões com outros chefes de Estado da região”.