O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja, para esta semana, uma participação em um evento que está sendo promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Isso, após o incômodo devido às declarações de membros do governo norte-americano, que ficaram descontentes com as falas do petista durante sua viagem oficial à China.
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De acordo com o portal “CNN Brasil” em informação compartilhada na noite desta terça-feira (18), o evento é uma cúpula de países sobre clima e energia e está previsto para esta quinta-feira (20), quando Lula entraria de modo remoto para fazer uma fala sobre o assunto. Segundo o portal, pelos EUA, quem participará do encontro é John Kerry, principal assessor de Biden para questões climáticas.
Nos últimos dias, desde o retorno da comitiva presidencial da viagem à China e dos Emirados Árabes Unidos, diplomatas brasileiros vêm fazendo contato com representantes do governo dos Estados Unidos em Brasília. Por conta disso, o sentimento é de que a presença de Lula no evento é considerada uma forma de eliminar a percepção de distanciamento do governo brasileiro dos norte-americanos.
Além disso, também está prevista para acontecer, nos próximos dias, um encontro do assessor especial internacional de Lula, Celso Amorim, com Jake Sullivan, Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos. De acordo com o portal, fontes do Itamaraty disseram que os norte-americanos não sinalizaram nas conversas nas últimas horas qualquer desconforto com as falas de Lula.
No entanto, na segunda, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, disse que o Brasil “está papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto”. A fala aconteceu após Lula ter dito que os Estados Unidos e a Europa estão estimulando a guerra ao ceder armas para a Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro do ano passado.
Saindo em defesa do presidente, Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, rebateu as declarações, dizendo que não sabia “como ou porque” o membro do governo americano havia chegado a essa conclusão. “Não. De forma alguma eu concordo. De forma alguma. Não sei como ou por que ele chegou a essa conclusão. Mas não concordo de forma alguma”, respondeu Mauro Vieira. “O Brasil e a Rússia completam este ano 195 anos de relações diplomáticas com embaixadores residentes. Enfim, são dois países que têm uma história em comum”, afirmou o membro do governo brasileiro.
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