Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, participou nesta segunda-feira (03) da cerimônia de início das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará Caetité, no sudoeste da Bahia, a Ilhéus, na região sul do estado, onde foi o evento. Inicialmente, a entrega da ferrovia está prevista para 2027. No entanto, durante o evento, Lula pediu para que as obras sejam finalizadas ainda durante seu terceiro mandato como comandante do Palácio do Planalto.
“Eu queria pedir aos companheiros empresários que estão nessa empreitada: parem de dizer que vão entregar ela em 2027, vocês têm que entregar ela antes do dia 31 de dezembro de 2026”, afirmou. Na ocasião, Lula pediu para que os trabalhadores “façam um pouco de hora extra” e “trabalhe no final de semana se for necessário”, para que seja possível inaugurar a ferrovia antes do previsto. “Se não a gente corre o risco de uma outra coisa ruim voltar nesse país e ela ficar parada outra vez. Então, vamos tratar de trabalhar logo essa obra”, acrescentou.
Durante o evento realizado na região sul da Bahia, Lula ainda anunciou que o governo federal vai lançar, ainda neste mês de julho, um novo Plano Anual de Contratações. Segundo o presidente, o projeto vai discutir temas como ferrovias, portos e aeroportos. Após o evento, o presidente retornou a Brasília. Na ocasião, assim como publicou o Brasil123, ele sancionou uma lei que visa assegurar a igualdade salarial entre homens e mulheres que desempenharem a mesma função.
Em tese, a diferença salarial entre homens e mulheres já é proibida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Todavia, na prática, a exigência legal muitas vezes não é cumprida. Ao sancionar o texto, Lula rebateu as críticas a respeito da possibilidade de a lei “não pegar” – especialistas relatam que a proposta pode não alcançar o efeito desejado.
De acordo com Lula, não “existe essa de a lei pegar ou não pegar”. “Quero apenas fazer um reparo na frase do ex-governador, do saudoso senador, Franco Montoro. Na verdade, tem governo que faz cumprir a lei e tem governo que não faz cumprir a lei. E nosso governo vai fazer cumprir a lei, porque nós temos fiscalização, temos Ministério do Trabalho, Ministério da Mulher e Ministério Público do Trabalho. E tudo isso tem que fazer funcionar em benefício do cumprimento da lei”, disse ele, que ainda nesta segunda, desembarcou para a Argentina, onde cumprirá compromissos internacionais.
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