Sábado (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou o governo colombiano e seu presidente, Gustavo Petro, pelo acordo de cessar-fogo de seis meses com o Exército de Libertação Nacional (ELN). Além disso, a assinatura do acordo ocorreu em Havana na sexta-feira (9) e marcou o encerramento do terceiro ciclo de diálogos de paz entre as partes. Ou seja, o acordo inclui a criação de um canal de comunicação mediado pelo representante especial do secretário-geral da ONU na Colômbia.
Por outro lado, o presidente colombiano, Gustavo Petro, destacou que o acordo simboliza o fim de uma fase de insurgência armada na América Latina e enfatizou a necessidade de um processo de paz com mudanças visíveis. Com isso, ELN, a guerrilha mais antiga da América Latina, concordou em assinar o acordo, embora tenha ressaltado que se trata de acordos de procedimento, não substanciais. Contudo, a próxima rodada de negociações ocorrerá em Caracas, na Venezuela, entre agosto e setembro.
Enquanto isso, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, parabenizou o governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional pelo acordo, ressaltando sua importância para trazer esperança às comunidades colombianas mais afetadas pelo conflito. Nesse sentido, o acordo estabelece a duração de 180 dias para o cessar-fogo, a partir de 3 de agosto.
Tentativas e Obstáculos
O Exército de Libertação Nacional (ELN) frustrou a última tentativa de negociação de paz em 2018, ao realizar um atentado com carro-bomba contra uma academia de polícia, resultando em 22 mortes. Posteriormente, o presidente Petro, no final de 2022, impulsionou o processo de paz. Entretanto, as negociações enfrentaram dificuldades em março, quando um ataque com armas e explosivos causou a morte de dez militares perto da fronteira com a Venezuela.
Por sua vez, a Colômbia, abalada por mais de meio século de conflito armado, realizou várias tentativas de negociações de paz com grupos armados, muitas das quais fracassaram. Porém, em 2016, um pacto histórico em Havana resultou no desarmamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que posteriormente se transformaram em um partido político.
Como resultado, esses acontecimentos, contribuíram para a inclusão de Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo pelo ex-presidente americano Donald Trump. Nesse sentido, durante a cerimônia, Petro afirmou que esse ato de incluir Cuba na lista foi uma injustiça que precisa ser reparada, dirigindo-se ao presidente Joe Biden e aos demais presentes.
Lula se apresenta como mediador no conflito entre Russia e Ucrânia
O presidente Lula tem demonstrado interesse em se colocar como um agente interessado em trazer a paz em ambientes de guerra. Contudo, ao que tange a questão envolvendo a Russia e a Ucrânia, Lula não tem mostrado posições que agradem à comunidade internacional.
Nesse sentido, Lula tem se colocado como Neutro, Contudo perdeu a oportunidade de se encontrar com Zelensky, e algumas de suas posições parecem alinhadas com o governo Russo. Contudo, Na visão do presidente brasileiro, se não houver discussão sobre a paz, a guerra pode se prolongar indefinidamente.
Em outras palavras, Lula tem declarado que o objetivo é interromper a guerra e os ataques como primeira medida, e então buscar uma solução negociada. Destacou que não é viável construir esse processo de fora para dentro, alegando que a Ucrânia também precisa querer o fim da guerra.
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