Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou nesta segunda-feira (21) que vê o mercado financeiro ansioso para o anúncio dos nomes que deverão assumir os ministérios em 2023. Apesar disso, ela relatou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está “com tanta pressa”.
Nesse sentido, de acordo com a presidente do partido, que deu sua declaração ao sair de uma reunião da legenda, os nomes de ministros não deverão ser divulgados nesta semana. Até agora, Lula não anunciou nenhum novo ministro. “Eu acho que o Lula não está com tanta pressa”, começou Gleisi Hoffmann
“O pessoal do mercado que está mais ansioso, alguns que estão mais ansiosos. Acho que ele está com a coisa bem resolvida na cabeça”, afirmou a deputada federal, que é uma das coordenadoras da transição do governo – o grupo é comandado pelo vice-presidente eleito, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB).
Nas últimas semanas, Lula tem sido pressionado pelo mercado financeiro sobre anunciar logo quem serão seus novos ministros. A cobrança maior é sobre quem será o chefe da pasta de Economia, hoje liderada por Paulo Guedes, homem de confiança do atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL).
“Não acho que deva sair nesta semana. O presidente Lula está vindo para Brasília só na quarta-feira (23), e aí é que vai começar a conversar, vai começar a pensar. Ele não adiantou nada. Acho que esta semana é muito difícil”, afirmou a presidente do PT durante a entrevista.
Assim como publicou mais cedo o Brasil123, antecipar o anúncio do ministério para antes de dezembro tem sido apontado por aliados do petista como uma forma de facilitar as negociações para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Transição, criada para que seja possível cumprir promessas de campanha como a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600.
No entanto, nesta segunda, a presidente do PT afirmou não concordar com a notícia de que o anúncio iria facilitaria a tramitação do texto. “Não acho que seja isso”, afirmou ela, completando que acredita que o anúncio “é uma ansiedade mais do mercado do que da Congresso”.
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