Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República eleito, foi as redes sociais nesta quarta-feira (07) manifestar solidariedade à Cristina Kirchner, ex-chefe do Executivo da Argentina, condenada por corrupção. De acordo com as autoridades da Argentina, a ex-presidente teria chefiado uma organização criminosa que, durante sua gestão, desviou dinheiro público. A política, que atualmente é vice-presidente do país, sempre negou as acusações.
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No Twitter, Lula afirmou ter visto a declaração de Cristina Kirchner, que se diz perseguida na Argentina. Neste sentido, o presidente eleito afirmou torcer por uma “justiça imparcial e independente para todos e pelo povo da Argentina”. “Minha solidariedade à vice-presidente da Argentina, @CFKArgentina. Vi sua manifestação de que é vítima de lawfare e sabemos bem aqui no Brasil o quanto essa prática pode causar danos à democracia. Torço por uma justiça imparcial e independente para todos e pelo povo da Argentina”, publicou Lula.
Na terça-feira (06), em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, Cristina Kirchner afirmou ser vítima de um “pelotão de fuzilamento”. Segundo ela, as acusações são uma “falsidade absoluta”. Nesse sentido, ela afirmou que, assim como Lula, ela seria vítima de “lawfare”, quando juízes perseguem investigados por razões políticas.
De acordo com a vice-presidente da Argentina, a diferença é que as pessoas que prenderam Lula foram “buscá-lo”. Segundo ela, esse movimento aconteceu por conta do presidente Jair Bolsonaro (PL), que na visão da política, fez “muito mal” ao Brasil. “Com Lula, a mesma coisa. A diferença é que as mesmas pessoas que o meteram preso depois foram buscá-lo e reverteram o que tinham feito. E por quê? Porque chegou Bolsonaro, um personagem que fez muito mal ao país e a muitos atores da vida brasileira”, disse ela.
“Aqueles que insultaram Lula e permitiram que Dilma Rousseff sofresse o impeachment finalmente deram toda ‘la vueltita’, fizeram um giro, e terminaram admitindo que o juiz Moro tinha sido absolutamente parcial”, afirmou ela, que defende que os magistrados que a julgaram queriam puni-la por questões políticas.
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