Dois fatores impedem o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de anunciar, nos próximos dias, a ida do deputado federal Celso Sabino (União Brasil) para o Ministério do Turismo. A informação foi revelada pela jornalista Andreia Sadi, do canal “Globo News”, nesta terça-feira (20).
De acordo com ela, o primeiro fator é o fato de que Lula diz que vai esperar Daniela Carneiro, atual ministra da pasta, pedir demissão do cargo ao invés de ser demitida. Já o segundo fator, revelou a jornalista, tem a ver com o desejo de Lula, que quer fazer uma sinalização positiva ao União Brasil, se reunindo com:
- O presidente do partido, Luciano Bivar;
- Com o líder da legenda na Câmara, o deputado Elmar Nascimento;
- E com o senador Davi Alcolumbre, um dos grandes articuladores da sigla.
Hoje, relata Andreia Sadi, Davi Alcolumbre é visto como a principal “ponte” do partido com o governo. Por conta disso, depois da reunião entre os líderes do partido, que deve acontecer na próxima semana, o nome de Celso Sabino seja oficializado pelo Planalto.
Assim como publicou o Brasil123, Daniela Carneiro é do União Brasil, mas, hoje, tenta migrar para o Republicanos. Por conta disso, o União Brasil, que é o governo busca atrair para a base, alega que não se sente representado por ela na Esplanada.
Nas últimas semanas, a substituição da ministra do Turismo por Celso Sabino passou a ser uma cobrança do União Brasil. No final de semana, Lula esteve com o deputado e ganhou do parlamentar uma camisa do Remo. Andreia Sadi explica que, nos bastidores, Lula tem dito que se sentiu constrangido com os movimentos do prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos), marido de Daniela, pela permanência dela no cargo.
Quais serão os próximos passos
Conforme Andreia Sadi, os próximos passos da reforma ministerial serão pontuais. Nesse sentido, ela explica que alterações na Embratur, sob a alça do Turismo, e no Ministério da Saúde, estão em vista. De acordo com ela, tudo deve ser feito com o foco em aumentar a participação do Congresso na Esplanada e, assim, garantir mais apoio ao governo em votações.
Por fim, ela relata que, sobre Ministério da Saúde, quando for a hora, a ideia é fazer um consórcio juntando PP, União Brasil, Republicanos e parte do PSDB. “Esse grupo soma cerca de 150 deputados e indicaria o próximo ministro”, explicou Andreia Sadi, relatando que devem sugerir não um nome político, e sim alguém sem filiação partidária, mas que atenda às demandas das siglas, para o lugar da atual chefe da pasta Nísia Trindade.
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