O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta quarta-feira (18), que pretende reajustar a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) com isenção para quem receber até R$ 5 mil. Além disso, pontuou que começará a trabalhar na reforma tributária.
“Isenção e aumento de imposto precisam de lei, não pode fazer no grito, a gente tem que construir”, disse.
“É necessário muito convencimento no Congresso e organização da sociedade”, argumentou o presidente durante encontro com dirigentes de centrais sindicais, no Palácio do Planalto.
Imposto de Renda
Recentemente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo deseja votar a proposta de reforma tributária sobre a renda, no segundo semestre. Já a parte centrada nos impactos sobre o consumo deve ser votada no primeiro semestre.
“O pobre de hoje que ganha R$ 3 mil proporcionalmente paga mais que alguém que ganha R$ 100 mil. Quem ganha muito paga pouco porque quem ganha muito recebe como dividendo, como lucro, para pagar pouco imposto de renda”, disse Lula.
Vale destacar que a falta de correção da tabela do imposto de renda nos últimos anos vai fazer com que, em 2023, pessoas que recebem um salário mínimo e meio tenham de pagar imposto pela primeira vez.
A saber, a última atualização da tabela foi feita em 2015 e o limite atual para isenção é de quase R$ 1.903,98.
Assim, com o valor do salário mínimo em R$ 1.302, quem ganha um salário e meio ganha R$ 1.953, acima, portanto, da faixa de isenção.
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Promessa de campanha
Vale lembrar que a correção da tabela do imposto de renda foi promessa de campanha de Lula. Dessa forma, é um dos pontos centrais na agenda econômica do novo governo.
“Eu tenho uma briga com os economistas do PT. O pessoal fala assim ‘se fizer isenção até R$ 5 mil são 60% da arrecadação desse país’. Então vamos mudar a lógica, vamos diminuir para o pobre e aumentar para o rico”, disse Lula.
“A gente não ganha isso [correção da tabela] se não houver mobilização do povo brasileiro para mudar, uma vez na vida, a política tributária para colocar o pobre no Orçamento da União e colocar o rico no imposto de renda, para ver se a gente arrecada o suficiente para fazer política social nesse país”, finalizou.
Com informações da Agência Brasil
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