Lula e seus aliados se posicionaram contra a instauração de uma CPI para investigar os atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro. A fala causou surpresa, principalmente por conta da forte oposição do presidente às manifestações que aconteceram no dia. Aliados questionam a pertinência de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e dizem que não há razão para investigação.
Por isso, hoje vamos entender os motivos da oposição de Lula à CPI dos atos antidemocráticos. Além da oposição do presidente, falas de Rodrigo Pacheco sobre o assunto repercutiram no meio político nessa última semana.
A CPI dos atos antidemocráticos
A instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro voltou à tona nos últimos dias. Contudo, apesar da importância do assunto, a própria base de apoio ao governo Lula diverge sobre o assunto, já que nem todos os parlamentares apoiam a medida. Por outro lado, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, se colocou à disposição.
Isso porque Pacheco afirma que há viabilidade no regimento do Congresso para apurar os envolvidos e os efeitos das manifestações do dia 8 de janeiro. Ele ainda afirmou que o assunto seria levado aos líderes da Casa, que poderia definir se o assunto entrará em investigação ou não.
Além das manifestações, que tinham como finalidade abalar os três poderes, um relato de um senador colocou mais suspeita sobre o processo. Isso porque Marcos do Val afirma ter ocorrido uma reunião com ele, Daniel Silveira e Jair Bolsonaro para, supostamente, ter um depoimento comprometedor de Alexandre de Moraes, ministro do STF. O intuito seria captar essas falas para que, posteriormente, houvesse o impedimento da posse de Lula. Saiba mais aqui.
Segundo o próprio senador, em suas falas, alguns detalhes permaneceram secretos e só poderiam ser revelados em uma eventual CPI. Contudo, a base de Lula diverge sobre a necessidade desse processo.
O que afirma a base de apoio de Lula?
As falas de Lula e de integrantes do seu governo afirmam que não é necessária a instauração de uma CPI. Isso porque, segundo Flávio Dino, outras forças jurídicas já estão fazendo as investigações, o que isenta a necessidade de uma comissão no Congresso. Apesar disso, a pauta ainda pode virar um processo investigativo no Legislativo.
“A minha visão institucional: enquanto a polícia está fazendo seu papel, o Ministério Público, o Poder Judiciário, não há necessidade da construção de uma CPI”, afirmou Dino na última quinta-feira, 2 de fevereiro. O ministro da Justiça de Lula ainda disse que “havia infelizmente um núcleo – inclusive dentro da política – dedicado a rasgar a Constituição e tentar dar um golpe de Estado no Brasil“, uma clara referência a uma suposta influência de Bolsonaro nas manifestações. Até agora, juristas afirmam que não existem indícios de que o ex-presidente tenha qualquer participação nos atos.
Porque será né,não querer a CPI,?tens dúvidas???