O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quinta-feira (1º) com representantes de centrais sindicais. O encontro teve como principal objetivo discutir uma alternativa ao imposto sindical para financiamento das entidades.
A saber, participaram do encontro as seis maiores centrais sindicais do país: CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB. Além destas, outras entidades que representam trabalhadores também estiveram presentes na reunião, que ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Em síntese, a discussão se mostra necessária desde a reforma trabalhista de 2017. Isso porque a volta da obrigatoriedade do imposto sindical se tornou opcional desde a reforma. E o presidente Lula quis ouvir de perto o que as centrais sindicais desejam.
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Veja o que disseram as centrais e o presidente Lula
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerge, as entidades não reivindicaram o retorno da obrigatoriedade da contribuição sindical. Contudo, ele afirmou que é necessário discutir uma forma de financiar as entidades sindicais do país.
“Nós deixamos claro que não queremos o imposto sindical. Os sindicatos defendem o não retorno do imposto sindical. O que queremos é que os trabalhadores decidam de forma livre o financiamento dos seus sindicatos”, disse Selerge.
Por sua vez, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que há necessidade de uma alteração legislativa. Dessa forma, haveria a definição de uma forma de financiar os sindicatos.
“Queremos que haja uma legislação para que nas negociações coletivas a gente possa debater uma forma de manter os sindicatos“, explicou.
O presidente Lula explicou, em nota divulgada pelo PT, que o governo e as centrais sindicais precisarão “convencer” o Congresso sobre essa necessidade de financiamento das centrais.
“Vamos ter que convencer a Câmara dos Deputados de que as finanças dos sindicatos serão decididas pelos trabalhadores em assembleia livre e soberana”, disse Lula, segundo nota divulgada pelo PT.
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