O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que neste ano tenta voltar ao Palácio do Planalto, afirmou nesta terça-feira (25) em entrevista à “rádio Nova Brasil FM” que pretende compor seu eventual governo de uma forma plural, com “vários segmentos da sociedade”.
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“Eu estou predestinado a trabalhar mais, a envolver mais gente. Não será um governo só petista. Será um governo em que estarão presentes vários segmentos da sociedade, petistas ou não petistas, pessoas que não tem partido político. O que eu quero é juntar todas as pessoas de bem que pensam o país democraticamente”, disse o ex-presidente.
Na sequência, ele ainda foi questionado sobre como irá se relacionar com o Congresso Nacional e especificamente com Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD), presidente da Câmara dos Deputados e Senado, respectivamente. De acordo com Lula, a ideia é estabelecer diálogo com ambos. “É conversar numa boa, conversar à luz do dia. Não precisa ter reunião secreta. Conversa, e a sociedade fica sabendo o que nós conversando”, afirmou Lula.
Mais cedo, em uma publicação no Twitter, Lula disse que não pretende tentar ser reeleito em 2026. A declaração foi feita quatro dias da realização do segundo turno do pleito. “Eu se eleito serei um presidente de um mandato só. Os líderes se fazem trabalhando, no seu compromisso com a população”, escreveu Lula em sua conta oficial no Twitter.
Essa não foi a primeira vez que o petista toca no assunto. Em agosto, por exemplo, o ex-presidente havia dito que seu desafio será maior do que em 2002, pois ele não pretende buscar um segundo mandato, o que seria seu quarto somado aos dois exercidos entre 2003 e 2010 e ao eventualmente vencido neste ano.
De acordo com a jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”, a mensagem tem sido vista como um gesto para seus eleitores e aliados, como o candidato a vice-presidente na chapa, o ex-governador de Geraldo Alckmin (PSB), e sua mais nova aliada, a senadora Simone Tebet (MDB), que terminou em terceira na eleição presidencial.
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