Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, esteve neste sábado (06) em Londres, na Inglaterra, onde prestigiou a coroação do rei Charles III, que agora ocupa, de forma oficial, o lugar que era de sua mãe, a rainha Elizabeth II, que morreu no final do ano passado.
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De acordo com Lula, durante as festividades, ele teve uma conversa breve com o monarca, que segundo o petista, pediu para ele que a Amazônia seja cuidada. “A primeira coisa que o rei [Charles III] disse pra mim foi para eu cuidar da Amazônia”, disse Lula.
Segundo o petista, sua resposta foi no sentido de que o Brasil, para poder cuidar do espaço em questão, precisará de ajuda, isto é, de recursos. “E eu falei: ‘Eu preciso de ajuda, não é só a nossa vontade. É preciso ajuda e muitos recursos'”, revelou Lula.
O pedido de Charles III aconteceu um dia após Lula ter se encontrado com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak. Na ocasião, o chefe do parlamento inglês anunciou a doação de R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia.
Neste sábado, Lula cobrou colaboração financeira efetiva para a preservação da floresta e ainda afirmou que vai à COP28, nos Emirados Árabes, para cobrar os repasses anuais de R$ 100 bilhões previstos no Acordo de Paris.
“Desde a COP 15, que eu participei quando era presidente em 2009, que os países ricos prometem dinheiro, prometem fundo. Mas a verdade é que esse fundo de US$ 100 bilhões nunca aparece”, disse, completando ainda que países mais ricos e que “já destruíram suas próprias florestas”, têm um “débito” e precisam ajudar na preservação do meio ambiente.
“Os países ricos precisam compreender que eles têm um débito na emissão de gás carbônico. E, portanto, eles têm que adiantar um recurso, pagando essa dívida, para que a gente possa preservar a nossa floresta”, afirmou o presidente.
Por fim, Lula ainda disse que, no mês de agosto, se encontrará com líderes de países que têm parte na floresta amazônica. Segundo o petista, o encontro terá como foco traçar estratégias para preservar a região.
“É preciso que a gente tome uma decisão comum. Porque não adianta o Brasil preservar só a nossa, que nós vamos preservar. Nós vamos cumprir a promessa que nós fizemos de acabar com o desmatamento até 2030. Isso é quase que uma questão de honra”, afirmou.
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