Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, participou nesta terça-feira (06) de um evento na cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. Na ocasião, o chefe do Executivo, durante a abertura da feira de agronegócio Bahia Farm Show, defendeu o meio ambiente, mas ressaltou não ser contra o agronegócio.
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Em seu discurso, o presidente relatou que não é contra o agronegócio e que quando se fala de preservação do meio ambiente e questões climáticas não se trata dos “produtores que trabalham corretamente”. Nesse sentido, Lula relatou que, atualmente, o Brasil conta com 30 milhões de terras degradadas que podem ser utilizadas para dobrar a produção.
“As pessoas sabem que não pode destruir os rios. As pessoas sabem que não podem plantar no pantanal. As pessoas sabem que não pode plantar na Amazônia. Nenhuma pessoa honesta vai poder derrubar uma floresta porque a gente tem 30 milhões de terras degradadas que podem ser utilizadas para dobrar a nossa produção”, disse o chefe do Executivo.
“Agora, quem quiser agir como bandido e desmatar, vai ter que sofrer as penas da lei, porque a gente vai preservar esse país”, completou o chefe do Executivo, que também pediu para que seja colocado um ponto final na “rivalidade” entre pequenos proprietários e o agronegócio. “São duas coisas totalmente necessárias para o país, não há rivalidade. O Brasil precisa dos 2, porque os 2 ajudam”, disse Lula.
“Então, pelo amor de Deus, é preciso parar de construir rivalidade onde ela não existe”, disse o presidente, que ainda afirmou não ser necessário “dar corda pro discurso ignorante”. “Por que eu poderia ser contra um produtor rural que quer terra para trabalhar? Por que eu poderia ser contra um grande produtor que está produzindo e vendendo sua soja ou fazendo o Brasil voltar a plantar algodão, coisa que o Brasil tenha deixado de plantar?”, questionou.
Por fim, Lula terminou seu discurso criticando o valor do Plano Safra em 2022, distribuído ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Conforme o petista, o programa, no ano passado, talvez tenha sido o pior da história. “Quem é do agro sabe como foi o Plano Safra no ano passado, talvez o pior plano safra história do agronegócio”, disse Lula, que anunciou a distribuição de R$ 7,6 bilhões ao agronegócio.
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