Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, esteve nesta sexta-feira (25) com a equipe que cuida da transição de governo na área da saúde. De acordo com informações do canal “CNN Brasil”, o encontro foi feito de forma virtual, visto que o petista ainda se recupera de um procedimento médico feito na laringe.
Conforme a emissora, Lula afirmou durante o encontro que a prioridade inicial de sua gestão nos cem primeiros dias de mandato será recompor o Programa Nacional de Imunizações e, desta forma, fazer com que a população brasileira volte a acreditar nas vacinas.
Na reunião, o petista ainda reforçou sua ideia de conversar com igrejas e líderes religiosos que se posicionaram contra a vacina para que essas pessoas “peçam desculpas” e, além disso, ajudem nas campanhas de imunização.
“A gente não pode achar que vamos anunciar a vacina, e o povo vai tomar. O povo tem que ser convencido outra vez a tomar vacina. E vamos ter que pegar muita gente que combateu a vacina, e vai ter que pedir desculpa”, disse Lula durante o encontro virtual.
Na ocasião, o presidente eleito ainda reforçou que o governo federal pretende encontrar recursos para a saúde ao invés de reclamar da falta deles. Nesse sentido, Lula afirmou que não faltará dinheiro para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a “CNN Brasil”, Lula pediu que os integrantes da equipe de transição apresentem propostas com foco em melhorar o atendimento no SUS. Além disso, ele pediu para que essas pessoas encontrem formas de diminuir o tempo de atendimento. Para Lula, as filas que as pessoas enfrentam são motivo de “angústia”.
Durante o encontro, cada participante teve cinco minutos de fala. De acordo com a “CNN Brasil”, Lula quis ouvir as demandas dos especialistas e qual pode ser o cenário da Covid-19 nos próximos meses. Em entrevista ao canal, Alexandre Naime, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, disse que o fato de ele ouvir quais são os desafios já demonstra o tom republicano e democrático.
“Lula sabe que temos desafios importantes no cenário da Covid-19. Precisamos de testes, vacinas e no momento, as medicações são insuficientes. Foi muito importante expor a situação”, disse o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
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