No Rio de Janeiro em um ato de campanha nesta quinta-feira (20), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que sua campanha tem dois objetivos principais nesta reta final das eleições: o primeiro é tentar diminuir o percentual de abstenção e o segundo conquistar o voto dos indecisos no próximo dia 30, último domingo do mês e data em que será realizado o segundo turno do pleito.
No primeiro turno, Lula conseguiu 48,43% dos votos válidos enquanto seu rival, o presidente Jair Bolsonaro (PL), somou 43,20%. Em votos totais, a diferença entre os dois foi de pouco mais de seis milhões de votos, um número pequeno perto dos 32,7 milhões de eleitores que deixaram de votar no dia 02 de outubro.
“O nosso primeiro objetivo é tentar diminuir o número de abstenção, convencer as pessoas a votarem para que possam até, quem sabe, falar mal amanhã de quem elegeram”, afirmou Lula em entrevista a jornalistas. De acordo com ele, sua campanha deve continuar “continuar indo para as ruas” e visitar “as pessoas que não votaram” e “estão indecisas”.
Durante a entrevista, Lula se mostrou confiante em sua volta ao Palácio do Planalto, dizendo considerar “impossível” uma virada de Bolsonaro no segundo turno. “Acho que vamos vencer as eleições. Eu acho impossível ele [Bolsonaro] tirar a diferença em uma semana, mesmo fazendo as loucuras que ele faz, mesmo contando as mentiras que ele conta e criando os casos que eles criam”, afirmou o petista.
Pedido de Lula aos evangélicos
Ainda no Rio de Janeiro, Lula, que vem sendo alvo de notícias falsas referentes à religião, pediu que seus apoiadores evangélicos não permitam que pastores falem mentiras dentro das igrejas. De acordo com ele, “quem é evangélico deve frequentar sua igreja e não permitir que o pastor minta”.
“Ninguém que é religioso, nem padre nem pastor, pode mentir. O povo não vai à igreja para ouvir mentira, o povo vai à igreja para discutir a sua fé”, disse Lula, que na quarta-feira (19) leu a “Carta Compromisso aos Evangélicos” se comprometendo a manter a liberdade religiosa como em seus governos anteriores, entre outros pontos.
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