Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente de República, disse nesta terça-feira (07) que o racismo é “uma doença que tomou conta do fascismo que governa o Brasil”. A declaração do ex-presidente, que testou positivo para a Covid-19 no domingo (05), foi feita de forma virtual durante o lançamento da iniciativa “Quilombo nos Parlamentos”.
No evento, foram anunciadas algumas pré-candidaturas de pessoas negras para os diferentes cargos no pleito deste ano. Na ocasião, Lula se disse feliz por poder fazer parte da tentativa de “reconquistar a democracia nesse país para que as pessoas voltem a sorrir”.
Segundo ele, a intenção é que todos possam voltar a ter direitos e sonhos. “Também para que o todo mundo diga em alto e bom som: ‘não’ para o racismo. O racismo é uma doença que tomou conta do fascismo que governa o nosso querido Brasil”, disse o petista.
Em seu discurso, Lula ainda pediu para que os presentes não se calem diante do racismo, das injustiças e dos preconceitos. Além disso, ele também desejou que possa encontrar todos os pré-candidatos “vitoriosos no próximo ano”.
Lula com Covid-19
Assim como publicou o Brasil123, Lula e sua mulher, a socióloga Rosângela Silva, a Janja, foram diagnosticados com Covid-19 no domingo (05). Durante o evento, o petista disse que queria estar no local presencialmente, mas precisou tirar uns dias para se cuidar.
“Queria dizer para vocês: parabéns, parabéns, que Deus abençoe a cada um de vocês. Não tenham medo de falar, de gritar, não tenham medo de denunciar, porque muitas vezes parece que o silêncio nos ajuda, mas ele faz com que se perpetue a exploração, racismo, preconceito com vocês e eu acho que está na hora de se banir isso”, disse o petista.
Lula ainda citou iniciativas do PT que acabaram beneficiando os negros, como a política de cotas em universidades. No entanto, ele destacou que esses benefícios só foram possíveis porque a população negra reivindicou essas pautas.
Por fim, apesar de destacar as iniciativas durante os governos petistas, Lula ressaltou que ainda existem muitas coisas a serem feitas para ajudar o grupo e combater a desigualdade social e racial no Brasil, inclusive em cargos públicos. “Nós queremos, efetivamente, tomar conta desse país e construí-lo democraticamente, onde todos possam viver em paz. Onde não tenha distribuição de armas, mas sim distribuição de livros. Onde não tenha vergonha de ter relação prioritária e privilegiada com o continente africano”, finalizou o ex-presidente.
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