O ex-presidente e agora pré-candidato ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta quarta-feira (11) que em seu governo “não haverá teto de gastos”. A fala do petista aconteceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante uma palestra para reitores de universidades na cidade mineira.
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“Como nós vamos recriar essa melhora de vida para as pessoas que todos nós prometemos? Eu posso contar para vocês uma coisa: não haverá teto de gastos no nosso governo”, disse Lula durante o evento.
De acordo com ele, derrubar o teto não significa “gastar para endividar o futuro da nação”. Nesse sentido, afirmou o ex-presidente, derrubar o texto de gastos teria como intuito proporcionar o investimento em produção de “ativos rentáveis”, sendo a “educação um ativo rentável”.
Teto de gastos
Criado em 2017 pelo governo de Michel Temer (MDB) logo após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), o teto de gasto traz que o país não pode aumentar gastos e investimentos públicos da União pelo período de 20 anos. Nesse sentido, com o teto de gastos, o valor do orçamento só pode variar de um ano para o outro corrigido pela inflação do período, fazendo com que, na prática, as despesas do governo não tenham um crescimento real.
Para Lula, “quem vai derrubar o gasto com relação ao PIB é o crescimento econômico, não é o corte orçamentário”. “Faça a economia crescer que você vai derrubar a diferença”, disse o ex-presidente, que citou sua relação com os gastos em 2003, quando ele assumiu o cargo de chefe do Executivo pela primeira vez.
Na ocasião, afirma o petista, tudo era visto como “gasto”. Para ele, essa classificação é errada, pois a palavra gasto não poderia ser empregada, por exemplo, para educação, visto que sempre há a expectativa de um retorno potencial do valor investido. “É preciso utilizar a criatividade, é preciso que você utilize as razões que te obrigue a gastar ou não o dinheiro, a fazer ou não o investimento”, disse o petista.
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