Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República, afirmou nesta quarta-feira (27) que, caso seja eleito e volte ao Palácio do Planalto, irá mudar a política de preços da Petrobras, que hoje se baseia no preço do dólar para precificar os combustíveis no mercado interno.
A declaração foi feita durante uma entrevista ao portal “UOL”. Na ocasião, Lula ainda disse que seu maior rival político, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), “não teve coragem” de agir na empresa, que aumentou suscetivelmente os preços dos combustíveis.
Para Lula, a atual política de preços da Petrobras é “para agradar aos acionistas em detrimento de brasileiros”. Nesse sentido, ele prometeu que promoverá mudanças para que o preço seja calculado em função dos custos nacionais “porque produzimos em real, pagamos salário em real”.
Em outro momento, o ex-chefe do Executivo disse que vai investir para aumentar a capacidade de refino do país, prometendo ainda que vai trabalhar com o objetivo de tornar a empresa brasileira um destaque internacional. “Vou fazer a Petrobras ser, se não a primeira, a segunda empresa petroleira do mundo”, disse Lula.
Durante a entrevista, Lula também foi questionado sobre como pretende lidar com os bancos públicos em uma nova gestão. Na oportunidade, ele explicou que, caso eleito, irá expandir a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para beneficiar pequenos e médios empreendedores.
“Quero fazer com que o BNDES seja ‘emprestador’ de dinheiro para pequenos e médios empreendedores. Não apenas emprestar para grandes empresas. Para que a gente possa dinamizar a economia brasileira”, relatou Lula.
Hoje, o petista lidera as pesquisas de intenções de voto. De acordo com o último levantamento do Instituto DataFolha, Lula está com 47% das intenções de voto, nove pontos percentuais à frente de Bolsonaro, que aparece com 28%.
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