O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou suas redes sociais nesta terça-feira (01) para dizer que o Fundo Monetário Internacional (FMI) “vai errar” em suas previsões para a economia do Brasil. Isso porque, de acordo com o chefe do Executivo, o país vai crescer mais do que tem previsto o Fundo.
“O mundo vai se surpreender com o Brasil. O FMI vai errar as previsões, porque o país vai crescer mais do que eles tinham previsto. Nós vamos colher muita coisa no nosso país porque estamos plantando muitas coisas boas. O Brasil vai voltar a crescer e a vida vai melhorar”, disse Lula, que mais cedo, durante o podcast “Conversa com o Presidente”, havia dito que esse crescimento será “distributivo”.
Assim como publicou o Brasil123, na segunda (31), o FMI divulgou um relatório prevendo um crescimento econômico para o Brasil de 2,1% em 2023 e 1,2% em 2024 – o governo federal considera que essas projeções são conservadoras, visto que elas se encontram abaixo da expectativa do mercado.
Não suficiente, o Fundo também teceu elogios para a condução atual da política monetária brasileira. No documento, a entidade classificou como sendo “ambiciosa” a agenda de crescimento inclusivo e sustentável proposta pelo governo do país. De acordo com o texto, que foi elaborado pelo conselho executivo do FMI, a inflação do Brasil continua em uma “forte trajetória de queda”.
“A inflação nominal deve atingir 5,4% até o final de 2023 e convergir para a meta em meados de 2025, enquanto a inflação básica deve cair mais gradualmente”, diz o relatório. Ainda no texto, o FMI avalia que, hoje, o cenário doméstico está evoluindo positivamente e isso serve como um incentivo para que o governo continue com o “esforço fiscal” e controle da inflação.
Além disso, o FMI também relata que o Brasil ainda terá que lidar com desafios econômicos de curto e longo prazo para cumprir a agenda econômica proposta pelo governo. Um dos exemplos de desafios é o baixo crescimento potencial, a inflação, o endividamento das famílias e a falta de espaço fiscal para gastos prioritários, além de riscos associados a mudanças climáticas.
Apesar disso, o FMI citou positivamente o andamento da reforma tributária, do marco fiscal e do programa “Desenrola”. “As autoridades observaram que o aumento da dívida das famílias não representa um risco para a estabilidade financeira, mas requer atenção política dada elevada percentagem de famílias afetadas. A expectativa que o programa ‘Desenrola’ contribua para reduzir a inadimplência do crédito, principalmente entre os pobres”, diz o texto.
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