Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, afirmou nesta terça-feira (18) que Fernando Haddad, ministro da Fazenda, juntamente com sua equipe econômica, merece ganhar o prêmio Nobel da “desenrolação” caso o programa Desenrola dê certo. A declaração foi dada durante a live que o presidente fez em Bruxelas, na Bélgica.
Fernando Haddad nega ter falado com Lula sobre descontos para eletrodomésticos
Na ocasião, Lula disse que está acontecendo é uma revolução. “Todo mundo que tem uma dívida de R$ 100 já vai ser facilmente resolvido”, afirmou. Em outro momento, ainda durante a transmissão, o presidente destacou que, quem ganha até R$ 20 mil por mês, já pode negociar suas dívidas com os bancos.
“Ontem, já houve uma grande procura aos bancos. E teve banco anunciando redução de 96% das dívidas”, afirmou o presidente, que ainda disse que, caso o programa dê certo, será o responsável por salvar “no mínimo 72% da população” brasileira que está endividada, além de permitir que esse público volte ao mercado de consumo.
“Todo mundo sempre tem uma coisinha para comprar. E agora que vai se aproximando o fim do ano, Dia das Crianças, é muito importante que as pessoas que estejam libertas das suas pequenas dívidas para fazer outras dívidas, sempre de forma muito responsável”, disse Lula.
Em outro momento, ele afirmou que as pessoas devem ser conscientes e não gastar o que não tem. “Se tiver que fazer uma dívida, você tem que saber se ela cabe dentro do seu orçamento. Se ela couber, você faça. Depois que você pagar uma, você faz outra para não ficar sufocado no Serasa, como tem muita gente hoje no Brasil”, disse.
Na segunda (17), Fernando Haddad afirmou que o Desenrola pode “limpar o nome” de até 2,5 milhões de pessoas físicas que estão com débitos de até R$ 100 com banco – segundo o chefe da pasta, esses números têm como base os clientes ligados aos principais bancos do país.
Durante entrevista coletiva, o ministro relatou que o programa poderá ajudar de 1,5 milhão a 2,5 milhões de pessoas que estão nessa situação. “Se todos os grandes bancos aderirem, estamos falando de cerca de 2,5 milhões de CPFs”, disse Fernando Haddad.