O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano, disparou na noite desta quarta-feira (26) que a disputa entre ele e o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) representa um duelo “entre a democracia e a barbárie”. A declaração aconteceu durante uma live, após o petista ter sido questionado sobre qual a importância do voto no próximo domingo (30), dia em que será realizado o segundo turno do pleito.
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“Esta eleição não é entre dois homens ou dois partidos. Esta eleição é entre a democracia e a barbárie, a democracia ou o fascismo”, disse o ex-presidente durante a live, que foi comandada pelos apresentadores Serginho Groisman, Fátima Bernardes e Xuxa Meneghel.
A declaração de Lula acontece no mesmo dia em que ele afirmou que, depois das eleições, caso ele seja eleito, o Brasil não será “bolsonarista ou lulista”. Isso porque, segundo o petista, caso ele vença o pleito, irá trabalhar para “harmozinar” o país. “Qual é o papel do presidente? É harmonizar a sociedade. Terminou as eleições, você não tem bolsonarista, não tem lulista, não tem petista. Terminou as eleições, você tem um país”, disse Lula.
Na live desta quarta, o ex-presidente disse que, caso obtenha exito no próximo domingo, vai “esquecer o processo eleitoral”. “Não vai ter briga, não vou alimentar o ódio. Quero que os pais voltem a conversar com os filhos”, disse o petista durante a transmissão feita nas redes sociais.
Por fim, Lula ainda comentou sobre a composição mais de direita que terá o Congresso Nacional no próximo ano. Segundo ele, será preciso “conversar” com todos os nomes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para que as ideias de governo possam ser aprovadas. Ao explicar a necessidade de diálogo, o petista lembrou de Ciro Gomes (PP), aliado de Bolsonaro que, outrora, esteve com outros presidentes.
“Esse Ciro Nogueira que está com Bolsonaro hoje, ele já esteve com Fernando Henrique Cardoso, ele já esteve comigo, ele já esteve com o Collor […] Você tem que conversar com quem foi eleito”, apontou o petista. Hoje, Ciro Nogueira é ministro-chefe da Casa Civil e um dos principais articuladores da campanha de Bolsonaro.
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