Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente da República e pré-candidato ao Palácio do Planalto, voltou a criticar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) ao comentar sobre a intenção do governo federal de instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras.
De acordo com Lula a intenção da gestão de Bolsonaro é “jogar a responsabilidade de sua incapacidade” nos outros. “A primeira coisa que ele [Bolsonaro] tenta fazer é jogar a responsabilidade da sua incapacidade diuturnamente em cima dos outros”, disse Lula.
A fala do presidente foi feita nesta terça-feira (21) em São Paulo, durante o lançamento do plano de governo do PT. Na ocasião, além do petista, também estavam representantes de partidos aliados e também o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que será o vice de Lula.
Segundo informações da jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”, integrantes do governo Bolsonaro, como o Ricardo Barros (PP-PR), deputado e líder governista na Câmara, a CPI da Petrobras pode ser uma espécie de “palco eleitoral”.
Ao defender a CPI, Ricardo Barros disse que a comissão seria responsável por investigar “supostas irregularidades no processo de definição dos preços de combustíveis”. Na visão de Lula e do PT, a cúpula do governo quer somente jogar uma “cortina de fumaça” e tirar o foco de Bolsonaro, que pode ser prejudicado por conta dos seguidos reajustes nos combustíveis.
PT quer abrasileirar a política de preços
Assim como publicou o Brasil123, o PT liberou nesta terça seu programa de governo. No documento, fala-se em “abrasileirar os preços dos combustíveis”. De acordo com o texto, a ideia consiste em acabar com a Paridade de Preços Internacionais.
De acordo com Lula, Bolsonaro não abaixa os preços dos combustíveis porque não quer. Isso porque, de acordo com o ex-chefe do Executivo, basta uma “canetada” para que os valores voltem aos patamares anteriores.
“Ele poderia ouvir o conselho da Petrobras e reduzir o preço”, afirmou o Lula sobre Bolsonaro, que na segunda (20) disse a apoiadores que a Petrobras “tem reservado R$ 200 bilhões no corrente ano para os acionistas” – a informação foi negada pela empresa.
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