O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que neste ano tenta voltar ao Palácio do Planalto, esteve nesta sexta-feira (21) na cidade de Teófilo Otoni, Minas Gerais. Na ocasião, o petista disparou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu rival nas eleições deste ano, está promovendo uma campanha “anormal”, repleta de “mentiras” e “asneiras”.
Segundo Lula, diferentemente das eleições passadas que ele disputou, nessa, não há como fazer uma “campanha normal”, pois o modo como Bolsonaro maneja sua estratégia para ser reeleito não é comum. “É difícil porque, com o meu adversário, não é possível fazer uma campanha normal, porque a dele é anormal. A quantidade de mentiras que a rede social dele conta por dia, a quantidade de invenções, de asneiras, que falam por dia é um negócio que não tem precedentes”, disse o ex-chefe do Executivo.
Na sequência, Lula ainda disse que não sabe quem está pior: Bolsonaro ou o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que apoia o atual presidente brasileiro e ficou conhecido por propagar notícias falsas, tendo inclusive sido banido de redes sociais como o Twitter. “O dado concreto é que ele criou o hábito de mentir, ele acha que é normal mentir, ele acha que é preciso mentir. O homem que acha isso, que fala isso, não pode ser sério”, disse o petista.
Ainda durante sua passagem por Minas, Lula comentou sobre a decisão de Maria Bucchianeri, ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim como publicou o Brasil123, na quinta-feira (20), ela suspendeu a ordem que dava a Lula o direito de resposta em 164 inserções de 30 segundos na campanha de Bolsonaro e mandou o plenário da corte analisar o tema. Nessas inserções, Lula iria responder a peça de Bolsonaro que relacionou o petista à conduta de “corrupto” e “ladrão”.
De acordo com Lula, caso o plenário confirme seu direito de resposta, ele não usará este tempo para tecer críticas ao atual presidente. “Se a gente ganhar, a gente vai aproveitar para falar coisa mais séria, falar com o povo o que vamos fazer com o salário mínimo, com o Imposto de Renda, com as pessoas endividadas, porque esses são os assuntos que interessam para o nosso povo”, disse ele.
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