O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (09), que apoiadores do ex-chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), querem aplicar um golpe de Estado, mas que “golpe não vai ter”. A declaração do petista aconteceu durante uma reunião que contou com a presença dos 27 governadores do Brasil, de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares.
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A reunião aconteceu um dia após os ataques cometidos por apoiadores de Bolsonaro, que invadiram e depredaram as dependências do Palácio do Planalto, Congresso e STF ao reivindicar um golpe de estado devido à insatisfação com o resultado da eleição vencida por Lula contra o ex-chefe do Executivo.
Durante a reunião, Lula disse que o objetivo de seu governo será reparar o que foi desqualificado nos últimos anos. “Todo mundo acompanhou quantas vezes a Suprema Corte foi ofendida, quantas vezes a Justiça Eleitoral foi ofendida, quantas vezes ameaçaram invadir a Suprema Corte”, afirmou.
Em outro momento, além de destacar que o governo vai investigar os financiadores dos atos, Lula disse que não permitirá que a “democracia escape”. “Essa gente, depois de duvidar da urna eletrônica, não quis acatar o resultado eleitoral. Não vamos permitir que a democracia escape”, afirmou o presidente.
Durante a reunião, quem também falou foi Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados. Segundo ele, é muito forte a simbologia dos ataques e da reunião dos governadores com os chefes dos Poderes. “Democracia vive de símbolos. Assisti atônito à falta de necessidade de invasão do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, casa que sempre esteve aberta aos brasileiros. Machucou demais. Nem na pandemia paramos nossos trabalhos”, afirmou o parlamentar.
Na sequência, ele relatou que as instituições não irão parar por conta dos ataques. Nesse sentido, ele destacou que o acontecimento de uma sessão na Câmara nesta segunda, que acabou confirmando o decreto assinado por Lula que estabeleceu intervenção federal no Distrito Federal.
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