Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República, afirmou nesta quarta-feira (19) que “andava magoado” com o Exército. No entanto, mesmo assim, o petista disse que decidiu ir à cerimônia no quartel-general para mostrar que não “guarda rancor”. Essa declaração aconteceu durante a participação do petista em um evento no Palácio do Planalto – na ocasião, o chefe do Executivo anunciou recomposição de verbas para o orçamento do ensino superior.
Ministro diz que programa de passagens a R$ 200 deve começar em agosto
Antes do evento no Palácio do Planalto, Lula esteve em uma cerimônia em comemoração do Dia do Exército. “Eu quero dizer para vocês que hoje foi dia do Exército brasileiro. E todo mundo sabe o quanto que eu andava magoado com os militares neste país por conta de tudo que aconteceu”, começou Lula ao falar sobre o Exército, que nos últimos anos foi bastante atrelado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Eu fiquei à noite pensando: ‘Vou ou não vou?’. Tomei a decisão de ir. E acho que foi Deus que me ajudou a decidir, porque eu fui para mostrar :”Eu não guardo rancor'”, afirmou Lula, que não explicou especificamente quais fatos o levaram a ficar magoado com o Exército. Hoje, alguns integrantes das Forças Armadas são suspeitos de terem colaborado com os atos golpistas de 08 de janeiro – na ocasião, apoiadores radicais de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto e Congresso Nacional”.
Gestão Lula planeja ampliar investimento em defesa militar
Nesta quarta, o canal “CNN Brasil” revelou que o governo brasileiro pretende ampliar, nos próximos anos, o investimento em defesa militar. De acordo com a emissora, o Ministério da Defesa vai elaborar uma proposta para que ela seja apresentada a Lula nos próximos dias. No texto, está prevista uma ampliação gradativa de gastos militares. Atualmente, o governo gasta cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 19 bilhões, com o tema.
Pelo desenho elaborado pela pasta, a ideia é que o percentual passe a ser 1,6%, depois para 1,8%, chegando a até 2%, que é o teto da Otan. Conforme revelou a “CNN Brasil”, hoje, o governo avalia que países em geral têm ampliado investimentos na indústria de defesa, até mesmo aqueles que tradicionalmente são avessos a isso, como Portugal e Japão.
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