O PT pretende unir forças com o PSB e montar uma chapa que tenha Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato à presidência e o ex-PSDB Geraldo Alckmin, que agora faz parte do PSB, como vice. A informação foi revelada no sábado (06) pela a colunista da “Folha de S.Paulo”, Mônica Bergamo.
De acordo com a colunista, Lula e Alckmin, que foram adversários nas eleições presidenciais de 2006 e 2018, já se encontraram três vezes. Ainda conforme ela, Lula é o maior entusiasta desta parceria, que começou a ser costurada em julho, quando os dois se encontraram na casa do ex-deputado federal e ex-secretário de Alckmin, Gabriel Chalita.
Hoje, vem de São Paulo a maior taxa de rejeição ao nome de Lula. Com Alckmin, esses números podem mudar, pois o ex-governador, que esteve à frente do estado por quatro vezes, tem, até hoje, tem um eleitorado cativo.
Elo social
Ainda de acordo com a colunista, assessores relatam que Lula sempre gostou do ex-governador. Muito deste sentimento, afirmam essas pessoas, é porque, para o petista, Alckmin é o “único tucano que gosta de pobre”.
O lado de Alckmin
O ex-governador decidiu deixar o PSDB, legenda que ajudou a fundar, porque seu ex-apadrinhado na política e atual desafeto, o governador de São Paulo, João Doria, trabalhou para impedir que ele se candidatasse à sua sucessão.
Segundo as informações, a atitude extrema de se unir ao PT, partido que há décadas é “inimigo” do PSDB, pode fazer sentido porque, do outro lado da disputa, está o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Hoje, assim como Lula, o ex-governador de São Paulo enxerga que Bolsonaro é uma grande ameaça à democracia.
Com isso, ele, segundo Mônica Bergamo, está convicto de que é preciso barrar que Bolsonaro seja reeleito, evitando, por exemplo, que o atual chefe do Executivo continue no cargo e indique os próximos quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
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